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12 de junho de 2021
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20:51

Ato de ciclistas alerta para a difícil situação do Museu de Porto Alegre

Por
Sul 21
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O Museu de Porto Alegre está oficialmente sem direção e tem sofrido com assaltos e dificuldades de preservação. Foto: Lucas Pitta
O Museu de Porto Alegre está oficialmente sem direção e tem sofrido com assaltos e dificuldades de preservação. Foto: Lucas Pitta

Cerca de cem de pessoas participaram, na manhã desse sábado (12), da “Bicicleata em Defesa do Patrimônio Histórico e Ambiental de Porto Alegre”. O ato teve o objetivo de chamar atenção para a situação do Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo. Em 2021, o museu já  sofreu assaltos e depredações, além de passar por dificuldades para a manutenção do solar, como a falta de capina e poda de árvores, que ameaçam a estrutura da construção remanescente do século 19.

O museu está oficialmente sem direção. Houve a indicação do ex-vice-governador Vicente Bogo, mas até o momento a nomeação não saiu no Diário Oficial de Porto Alegre. A situação tem preocupado o corpo técnico e a Associação de Amigos do Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo (AAMJF).

“Mais de 70 pessoas se reuniram para iniciar a elaboração de um projeto de manutenção do caráter público do Museu, pois a prefeitura iniciou de forma unilateral a apresentação do espaço do Museu para a iniciativa privada. Pra nós, o patrimônio histórico não pode ser precificado, tem valor inestimável e é de toda a cidade”, explicou o vereador Matheus Gomes (PSOL).

Segundo os organizadores, o trajeto da “Bicicleata” foi escolhido para dar visibilidade a pontos simbólicos do patrimônio histórico e ambiental de Porto Alegre, como o Mercado Público, o Cais do Porto e a Usina do Gasômetro, encerrando em frente ao Museu.

“Defendemos a revitalização da Orla e do Centro Histórico, no entanto, esse processo deve ocorrer em diálogo com o conjunto da sociedade civil, privilegiando processos como a elaboração do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambiental. O que vi até o momento é a prefeitura pensando a cidade de modo fragmentado, o que é anti-democrático e favorece o interesses de segmentos empresariais específicos, como a especulação imobiliária, em detrimento do interesse coletivo”, afirma Gomes.

O ato foi organizado pela Associação de Amigos do Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo (AAMJF), a Frente Parlamentar da Cultura e a Frente Parlamentar em Defesa do Cais do Porto (ambas da Câmara) e contou com o apoio de coletivos culturais e estudantis.

Na última quinta-feira (10), uma audiência pública para debater os rumos do museu foi realizada pela Frente Parlamentar da Cultura.


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