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12 de abril de 2021
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18:17

Fiocruz confirma morte de bugio por febre amarela em Porto Alegre

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Sul 21
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Fiocruz confirma morte de bugio por febre amarela em Porto Alegre
Fiocruz confirma morte de bugio por febre amarela em Porto Alegre
Bugios funcionam como “sentinelas”, alertando para a necessidade de verificação da situação vacinal da população local. Foto: Patrícia Santiago/Divulgação PMPA

Da Redação*

A morte de um bugio por febre amarela ocorrida em Porto Alegre foi confirmada por exame laboratorial na Fiocruz e informada para a Vigilância em Saúde municipal na última sexta-feira (9). O óbito do animal ocorreu em fevereiro, e o primeiro exame para febre amarela, realizado em Porto Alegre, apresentou resultado negativo. Com a contraprova na Fundação Oswaldo Cruz, a doença foi confirmada no primata. O bugio foi encontrado já sem vida em um terreno no bairro Lageado, no Extremo Sul da Capital.

A febre amarela é uma doença viral transmitida por mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes que habitam áreas silvestres. É uma doença com alta letalidade, prevenível através de vacina. O homem e os primatas não humanos, como os bugios, são afetados pela doença. Somente os mosquitos transmitem a febre amarela. Os primatas não transmitem o vírus para humanos.

De acordo com nota emitida pela Secretaria Estadual da Saúde do RS, a epizootia (morte ou adoecimento na população animal) em bugios sinaliza a circulação do vírus nas matas – ou seja, os bugios funcionam como “sentinelas”, alertando para a necessidade de verificação da situação vacinal da população local, pois há risco de transmissão caso o vetor (mosquito) esteja em circulação na região do óbito.

Porto Alegre já é considerada área de vacinação para febre amarela em todo o seu território. Com a confirmação da doença no bugio, é importante que os moradores da cidade verifiquem a carteira de vacinação e completem o esquema vacinal de acordo com a faixa etária (confirma abaixo).

Profissionais de saúde devem estar atentos ao quadro clínico inicial de febre amarela, que é caracterizado por início súbito de febre alta, cefaleia intensa (dor de cabeça intensa) e duradoura, inapetência, náuseas e mialgia (dor no corpo).

O Estado não registrava a presença do vírus causador da febre amarela desde 2009. Em janeiro de 2021, foi confirmado um caso no município de Pinhal da Serra, próximo à divisa com Santa Catarina. Desde então, em outros 15 municípios houve confirmação da presença do vírus.

Esquema vacinal:

Nove meses: uma dose, com reforço aos 4 anos
Entre 11 e 19 anos: sem comprovação vacinal até os cinco anos, uma dose única. Se vacinado antes dos cinco anos, fazer uma dose de reforço
Acima dos 20 anos: se vacinado antes dos cinco anos, fazer uma dose de reforço; sem comprovação vacinal, ou que nunca foram vacinados, administrar dose única em pessoas até 60 anos incompletos
Acima dos 60 anos: somente com atestado médico

A vacina em Porto Alegre está disponível em todas as unidades de saúde com salas de vacina. A administração da vacina da febre amarela pode ser concomitante à vacina da influenza (gripe). O intervalo entre a dose da FA e da vacina contra covid-19 deve ser de no mínimo 14 dias.

*Com informações da Prefeitura de Porto Alegre


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