Cidades
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26 de março de 2020
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21:30

Restam poucas doses da vacina contra a gripe em Porto Alegre. Novo lote chega na próxima semana

Por
Sul 21
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Ao final desta quinta-feira (26), apenas algumas farmácias ainda tinham doses da vacina contra a gripe. Foto: Luiza Castro/Sul21

Da Redação

A grande procura de pessoas acima de 60 anos fez com que praticamente não haja mais doses da vacina contra a gripe em Porto Alegre, logo no segundo dia da campanha, iniciada na última quarta-feira (25). Segundo o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações, foram aplicadas cerca de 70 mil doses no primeiro dia da campanha, um recorde na capital. Antes, entre segunda (23) e terça-feira (24), a vacinação foi exclusiva para os trabalhadores da área da saúde.

No início da tarde desta quinta-feira (26), cerca de 90% dos pontos de vacinação já não tinham mais doses da vacina, restando apenas em algumas farmácias conveniadas. A vacina também acabou nos nove drive thrus criados para ampliar o acesso de idosos à imunização, um sistema em que as pessoas recebem a vacina sem precisar sair do carro.

Conforme o Núcleo de Imunizações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Porto Alegre recebeu 158 mil doses da vacina na primeira remessa enviada pelo Ministério da Saúde, sendo 102 mil para unidades de saúde, drive thrus e serviços domiciliares e 56 mil para farmácias. A Prefeitura avalia que a parceria com as farmácias das redes Agafarma, Panvel e São João foi importante para aumentar a capacidade de atendimento.

“As estratégias de ampliação de acesso utilizadas pela Prefeitura este ano, considerando 57 farmácias parceiras e nove drive thrus, foram consideradas um sucesso”, afirma a diretora-adjunta de atenção primária da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Diane Moreira do Nascimento. A estratégia contou com a capacitação de 100 profissionais das farmácias feita pelo Conselho Regional de Farmácia. Por causa da crise do novo coronavírus, é fundamental as pessoas manterem a distância mínima de um metro e meio nas filas da vacinação.

Com o término das doses, a previsão da SMS é que um novo lote de vacinas seja entregue na próxima semana pela Secretaria Estadual da Saúde e o Ministério da Saúde. No momento da vacinação, idosos devem levar a carteira de identidade ou o cartão SUS.

Diante da enorme procura, o secretário municipal da Saúde, Pablo Sturmer, declarou que os idosos devem ter calma e que há tempo suficiente para garantir a imunização. O período da campanha exclusivo para pessoas acima de 60 anos permanece até o dia 15 de abril. “Aguardar uma semana ajuda a evitar aglomerações”, ponderou Sturmer, enfatizando que, com o fim da primeira remessa, as pessoas não devem sair do isolamento social causado pela pandemia do coronavírus.

O período de vacinação exclusivo para idosos segue até o dia 15 de abril. Autoridades da saúde pedem calma para evitar aglomeração, situação de risco para o coronavírus. Foto: Luiza Castro/Sul21

Outros públicos

A próxima fase da campanha de vacinação contra a gripe começará dia 16 de abril, voltada para pessoas com doenças crônicas não transmissíveis, professores de escolas públicas e privadas e profissionais das forças de segurança e salvamento.

A seguir, a partir do dia 9 de maio, terá início a terceira fase, que incluirá crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes, puérperas, povos indígenas, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos cumprindo medida socioeducativa, apenados, funcionários do sistema prisional, pessoas com deficiência e adultos entre 55 e 59 anos. O término da campanha ocorrerá em 22 de maio, para todos os grupos.

A vacina para 2020 é composta pelas cepas Influenza A H1N1, Influenza A H3N2 e Influenza B linhagem B/Victoria. A expectativa do Ministério da Saúde é vacinar, em Porto Alegre, em torno de 90% das 694 mil pessoas que compõem os grupos prioritários. Em 2018, foram vacinadas 561 mil pessoas dos grupos prioritários, profissionais das forças de segurança e público em geral em Porto Alegre. Em 2019, o número alcançou 866 mil imunizados contra a gripe.

A imunização precisa ser feita todos os anos porque as cepas da vacina variam anualmente, de acordo com a circulação de vírus no hemisfério norte na temporada de inverno do ano anterior.


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