Cidades
|
12 de fevereiro de 2020
|
23:41

Prefeitura de Porto Alegre recomenda que ATP não conceda reajuste aos rodoviários

Por
Sul 21
[email protected]
Prefeitura de Porto Alegre recomenda que ATP não conceda reajuste aos rodoviários
Prefeitura de Porto Alegre recomenda que ATP não conceda reajuste aos rodoviários
Foto: Luiza Castro/Sul21

Da Redação

A Prefeitura de Porto Alegre recomendou à Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) que não conceda aumento salarial aos rodoviários em 2020. Em nota divulgada no início da noite desta quarta-feira (12), o Executivo Municipal afirma que “atualmente, o custo da mão de obra (motoristas e cobradores) do transporte coletivo da Capital já é o segundo maior do país” e que “somente esse item representa quase 50% do valor da tarifa”. A passagem de ônibus em Porto Alegre custa, atualmente, R$ 4,70.

O Sindicato dos Rodoviários pediu 7% de reajuste em 2020 e a ATP pretendia conceder a reposição inflacionária, de 4,48%. O cálculo havia levado as empresas do setor a pedirem aumento de R$ 0,50 na tarifa.

Na nota de hoje, a Prefeitura demonstra descontentamento com a postura dos vereadores e dos rodoviários ao afirmar que já teria proposto, desde 2017, alternativas para diminuir o valor da passagem de ônibus na Capital, mas que o Legislativo não se mostrou sensível e os rodoviários trabalharam contra as alternativas propostas.

Em janeiro, durante o recesso parlamentar, os vereadores de Porto Alegre foram convocados a votar, em sessão extraordinária, o pacote de medidas para o transporte público enviado dias antes pela Prefeitura à Câmara. No entanto, sem quórum, a proposta acabou não apreciada. A Prefeitura diz que “os rodoviários são contra, e não vemos em parte do Legislativo o desejo de aprovação ou de sugestão de outras medidas”.

O pacote de propostas inclui a criação de uma taxa no valor de uma tarifa de ônibus por dia para carros com placas de fora de Porto Alegre que circulem na cidade — considerada uma espécie de pedágio urbano –, a aplicação de uma tarifa de R$ 0,28 por quilômetro rodado por empresas de aplicativos de transporte individual, o fim da taxa administrativa cobrada pela Prefeitura para fazer a gestão do sistema — chamada de Câmara de Compensação Tarifária (CCT) –, a redução gradual de cobradores — já proposta desde 2017 e rejeitada recentemente pelos vereadores — e a criação de uma taxa por empregado com carteira assinada a ser cobrada das empresas.

Em caso de aprovação do pacote, a Prefeitura diz que a passagem de ônibus poderia ser reduzida em R$ 1,00 em 2020 e, a partir de 2021, seria oferecido o passe livre para trabalhadores com carteira assinada, passagem geral de, no máximo, R$ 2,00, passe estudantil a R$ 1,00 e isenção de vale-transporte para empresas.


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora