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26 de dezembro de 2018
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18:33

Porto Verão Alegre completa 20 anos trazendo mais de 100 espetáculos em janeiro e fevereiro

Por
Sul 21
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Depois de 30 anos da versão original, “Bonecas cobiçadas” volta a Porto Alegre | Cartaz: Daniel Jainechine

Da Redação

Já tradicional na capital gaúcha, o festival Porto Verão Alegre foi criado há 20 anos com o objetivo de movimentar a cena cultural da cidade durante os meses de janeiro e fevereiro. Em 2019, são mais de 113 atrações espalhadas em 13 espaços de arte, das quais cinco são completamente inéditas e outras 45 participam pela primeira vez do evento. Os ingressos antecipados custam entre R$ 20 (para crianças, idosos e estudantes) e R$ 30, enquanto nos dias dos espetáculos, os não-promocionais custarão R$ 40.

As apresentações ocorrem em 13 espaços de arte: Barco Cisne Branco, Centro Histórico-Cultural Santa Casa, Instituto Goethe, Instituto Ling, Teatro de Arena, Teatro da AMRIGS, Teatro do Bourbon Country, Teatro Renascença, Sala Álvaro Moreira, Theatro São Pedro, Studio Clio e os Teatros do Sesc em Porto Alegre e Canoas. Um dos destaques da programação é a homenagem ao ator Leonardo Machado, que faleceu em 2018, cuja carreira será prestigiada no Ciclo de Cinema “Cine ao Leo”. A programação contará com a exibição gratuita de filmes dos quais ele participou, sempre às terças-feiras, no Studio Clio.

Outra novidade são as apresentações musicais no Barco Cisne Branco, que receberá o Sexteto, Sarau Voador, Pedrinho Figueiredo e a banda TEM – Trabalhos Espaciais Manuais. Um dos espetáculos que estreia no PVA é “Bonecas Cobiçadas”, um remake da peça que em 1989 foi pioneiro em apresentar homens interpretando cantoras e atrizes famosas. Agora, a montagem traz Caio Prates, João Carlos Castanha e Lauro Ramalho em vários números clássicos de seus repertórios como: “Flashdance”, “Titanic”, “A Noviça Rebelde”, “O Homem Elefante”, “O que Terá Acontecido a Baby Jane?”, entre outros consagrados pelo trio em vários espetáculos desde então.

O festival também traz em primeira mão a peça Lilás, composto por dois textos curtos de Jon Fosse: “Lilás” e “Guitar Man”, nunca encenados no Brasil. Dentre as estreias estão, ainda, “Um corpo estranho entre nós”, “TOC – Uma comédia obsessiva compulsiva” e a apresentação instrumental de Sergio Rojas, que traz trilhas originais feitas para cinema, além das trilhas instrumentais de projetos avulsos.

O Porto Verão Alegre já atraiu mais de meio milhão de pessoas, com uma média de 40 mil pagantes por edição, e vem aumentando a cada ano. O evento é um projeto privado realizado pela Mezanino Produções, liderada pelos atores Rogério Beretta e Zé Victor Castiel, e pela Mais Além, dirigida por Claudia D’Mutti.

Espetáculo “Cabaré Veneno” participa da programação do PVA pela primeira vez | Foto: Divulgação

De acordo com os idealizadores e organizadores do Porto Verão Alegre, Rogério Beretta e Zé Victor Castiel, esta edição reforça o sentimento de orgulho e resistência que têm em relação ao projeto. “20 anos não é para qualquer um. São anos após anos de batalhas e resistências, especialmente, diante de um cenário recente de muita instabilidade”. Os atores ressaltam, ainda, que mesmo sendo um festival privado, o PVA tornou-se patrimônio cultural da cidade.

O conceito escolhido para essa edição foi “cultura transforma”: “Transforma um tolo em um sábio. Transforma um fim de tarde monótono em uma experiência única. Transforma uma cidade em uma festa. Durante janeiro e fevereiro, uma incandescência mágica pinta a cidade com cores quentes, e por dois meses, o sol não deixa de brilhar. É o Porto Verão Alegre trazendo cultura, do raiar do seu primeiro espetáculo até o último aplauso se por”.


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