Da Redação
Em assembleia realizada na tarde desta quarta-feira (8), o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) aprovou a continuidade da greve da categoria, iniciada no 31 de julho. A decisão ocorre um dia depois de os servidores municipais ocuparem as dependências da Prefeitura para exigir que o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) estabeleça uma mesa de negociação com a categoria, ação que acabou sem acordo depois de cerca de 12 horas de ocupação.
O Simpa entrou em greve pela primeira vez neste ano no início de julho, em protesto a projetos encaminhados pelo Executivo à Câmara de Vereadores e que eram considerados por eles como prejudiciais aos servidores. Antes dos parlamentares entrarem em recesso, o principal dos projetos, que alterava as regras de remuneração do funcionalismo, foi derrotado por 22 votos a 6. Nesta segunda-feira (6), contudo, a Prefeitura conseguiu aprovar, por 19 votos a 15, a criação de um novo fundo de previdência complementar, o que também era alvo de críticas dos servidores.
Além de outros projetos que ainda aguardam votação, como o que extingue a licença-prêmio, os servidores cobram da Prefeitura o fim dos parcelamentos salariais e negociações para que possam ter o salário ao menos reajustado pela inflação, já que não receberam a reposição em 2017, nem neste ano. Desde o ano passado, os servidores acumulam defasagem de 6,85% ante a inflação, além das perdas histórias na ordem de 8,85%.
Além da greve, os municipários também decidiram participar do Dia do Basta, na próxima sexta-feira (10), que será promovido pelas centrais sindicais e movimentos sociais em defesa do emprego, da aposentadoria e dos direitos trabalhistas, por justiça e contra retrocessos.