Cidades
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9 de fevereiro de 2018
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16:45

Rodoviários aceitam proposta de 1,87% de reajuste salarial

Por
Luís Gomes
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Rodoviários aceitam proposta de 1,87% de reajuste salarial
Rodoviários aceitam proposta de 1,87% de reajuste salarial
Rodoviários aceitaram proposta da ATP em assembleia na noite de quinta | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Luís Eduardo Gomes

Em assembleia realizada na noite desta quinta-feira (8), os funcionários da empresas de ônibus de Porto Alegre decidiram aceitar a proposta de reajuste salarial feita pela Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP) de reposição apenas do índice de inflação, 1,87% (INPC acumulado dos últimos 12 meses). Além do reajuste, o acordo prevê um aumento de 3% no vale-alimentação (dos atuais R$ 25 para R$ 25,75) e o pagamento de R$ 50 pelo plano de saúde sem a necessidade do pagamento de R$ 15 por consulta, como era a proposta no início negociação coletiva.

Vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários (Stetpoa), Sandro Abade destaca que a categoria tinha consciência mesmo antes do início da negociação coletiva de que a categoria teria pouca margem para conquistas. A proposta inicial da ATP era de reajuste de 1%. “A gente está enfrentando a pior crise da história. A categoria já tinha a consciência de que esse ano o dissídio ia ser muito complicado para nós, tanto que a categoria aceitou a proposta”, diz.

Advogado da ATP, Alceu Machado destaca que a negociação surpreendeu positivamente as empresas de ônibus. “Quando tu tem um índice baixo de inflação, como 1,87%, a gente sabe que é historicamente mais difícil para os trabalhadores. Mas ficou bem claro que eles estão vendo as dificuldades do sistema, como a queda de passageiros. Não pode se dizer que eles não estejam sensíveis a isso”, afirma, destacando ainda que, por outro lado, a negociação manteve as demais cláusulas da convenção coletiva, o que ele considera um ponto positivo para os trabalhadores.

Questionada sobre quanto pedirá de reajuste da tarifa de ônibus, a ATP informou que ainda está fazendo os cálculos e que isso só será concluído depois do Carnaval. Tradicionalmente, o dissídio dos rodoviários representa 50% do índice utilizado para o cálculo da tarifa. Caso os 1,87% fossem aplicados, a passagem pularia para R$ 4,13. No entanto, em janeiro passado, a ATP já havia pedido uma tarifa de R$ 4,30.


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