Da Redação
Na manhã da sexta-feira (16), o Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa) protocolou na EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação) o pedido de revisão tarifária do serviço. Conforme cálculos da entidade, que levam em conta o número de passageiros e o preço do combustível, o valor seria equivalente a R$ 4,54. Segundo determina a lei, a solicitação de reajuste pode ser feita quando ocorre a atualização da convenção coletiva de trabalho dos rodoviários, fato oficializado na quarta-feira (14). No documento, ainda ficou acertado acréscimo de 1,87% nos salários, além de adições nos planos de saúde de no vale-alimentação.
Este é o primeiro passo no processo de aumento de tarifas, que vem ocorrendo anualmente. Após a análise do dossiê entregue pela Seopa, a EPTC emitirá um parecer técnico. Em seguida, é publicada a determinação de coeficiente de consumo de combustível. O quarto passo consiste em uma análise de passageiros e dos custos gerais que envolvem o transporte. Assim, o despacho pode ser encaminhado pela EPTC e, por fim, ocorre a assinatura do decreto fixando o novo valor pelo prefeito.
No pedido de revisão, a Seopa justifica que o acréscimo de mais de 13% nos preços de combustíveis contribuiu para um déficit de R$ 135 milhões desde fevereiro de 2016. Segundo o sindicato, a perda de receita ocorre, principalmente, em função da diminuição no número de passageiros pagantes. Em nota, afirmam que em 2017 chegou a 10,89% em comparação ao ano anterior.
Em relação à possibilidade de redução da tarifa, a Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP), divulgou o parecer do diretor da instituição, Gustavo Simionovsch, que destaca a revisão das isenções, a adequação da oferta do serviço à demanda real de passageiros e a busca de outras fontes de receita para subsidiar as gratuidades.
