Cidades
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29 de julho de 2017
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13:32

Câmara deve realizar uma audiência pública sobre pacote do transporte público no Tesourinha

Por
Luís Gomes
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Câmara deve realizar uma audiência pública sobre pacote do transporte público no Tesourinha
Câmara deve realizar uma audiência pública sobre pacote do transporte público no Tesourinha
Projetos do governo Marchezan trazem várias alterações para o sistema | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Da Redação*

A Câmara de Vereadores de Porto Alegre deve realizar uma única audiência pública para debater o pacote de medidas sobre o transporte público encaminhado nesta semana pelo governo de Nelson Marchezan Jr. (PSDB), informou na quinta-feira (27) o presidente da Casa, vereador Cássio Trogildo (PTB). A informação é de que o o edital de convocação da população e entidades interessadas da mudança deve ser lançado na terça-feira (1), dando início a um prazo regimental de 30 dias, o que faz com a que a audiência deva ser marcada para o início de setembro.

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Trogildo disse que irá sugerir ao colégio de líderes da Câmara que a audiência seja realizado no Ginásio Tesourinha, uma vez que as propostas envolvem ao menos cinco categorias profissionais e estudantes, o que tornaria os espaços da Casa insuficientes para abrigar todos os interessados. “Somente o tema das isenções de estudantes envolve cerca de 119 mil porto-alegrenses”, exemplificou.

A Prefeitura de Porto Alegre protocolou na terça o pacote que buscam alterar regras do sistema de transporte público e traz mudanças nas regras para concessões de isenções e benefícios para usuários, com o fim da universalidade da meia passagem estudantil e da isenção para pessoas de 60 a 64 anos, além de abrir as portas para o fim da profissão de cobrador nos ônibus da Capital.

Apesar de ser da base do governo e manifestar a intenção de esclarecer “confusões” geradas a partir da divulgação do pacote, Trogildo afirma que irá apresentar ao menos uma emenda de sua autoria ao pacote, com o objetivo de manter a meia passagem escolar para todos alunos de faculdades e universidades particulares beneficiados por bolsas de estudo, com o Prouni, ou de financiamentos, com o Fies. “Quem está no ensino superior com essas formas de pagamento é quem não tem dinheiro para pagar a passagem em sua totalidade”, disse Trogildo. Pelo projeto, só teriam direito à meia passagem estudantes de famílias com renda de até três salários mínimos.

Em reunião com Trogildo no mesmo dia, o presidente do Conselho Municipal da Juventude, Dante Menendez, expôs preocupação com os impactos sociais dos seis projetos e alterou que entidades estudantes se união ao Sindicato dos Rodoviários para organizar manifestações contrárias a eles.

*Com informações da Câmara Municipal


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