Cidades|z_Areazero
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1 de março de 2017
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13:49

Porto Alegre: Rodoviários aceitam reajuste de 5,50% e encerram negociação coletiva

Por
Luís Gomes
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Porto Alegre: Rodoviários aceitam reajuste de 5,50% e encerram negociação coletiva
Porto Alegre: Rodoviários aceitam reajuste de 5,50% e encerram negociação coletiva
Foto: Joana Berwanger/Sul21

Luís Eduardo Gomes

Em votação realizada nas garagens de ônibus, os rodoviários de Porto Alegre decidiram na última sexta-feira (24) aceitar a proposta de reajuste salarial feita pelas operadoras do trasporte público, encerrando assim a discussão do dissídio da categoria.

De acordo com o Stetpoa, sindicato que representa motoristas e cobradores, em 12 das 13 garagens – exceção feita à Carris – os trabalhadores votaram por aceitar a última proposta da patronal, que consiste em reajuste de 5,50%, referente à inflação acumulada nos últimos 12 meses, aumento do vale alimentação dos atuais R$ 23,48 para R$ 25 e a contribuição dos funcionários com o plano de saúde familiar saltando de R$ 30 para R$ 45.

“Foi decidio da forma mais democrática possível. De uma forma que a grande amioria pudesse opinar de sim ou não”, diz Sandro Abade, vice-presidente do sindicato, acrescentando ainda que, com o fechamento do acordo, não deverá ocorrer mais mobilizações por salários por parte dos rodoviários em 2017, ainda que a oposição interna da entidade permaneça descontente.

De acordo com Alceu Machado, representante jurídico das empresas de ônibus da Capital, o acordo deve ser assinado oficialmente entre hoje e amanhã.

A expectativa agora recai sobre os cálculos da tarifa de ônibus, que são impactados diretamente pelo reajuste dos rodoviários – representam cerca de 50% do valor dos insumos. A ATP deve encaminhar à Prefeitura um pedido de reajuste na tarifa ainda hoje. Caso o reajuste de 5,5% fosse aplicado ao valor atual da tarifa, R$ 3,85, o reajuste equivalente seria de R$ 0,21.

Cobradores

Outro tema que marcou a disputa salarial de 2017 foi a possibilidade de extinção do cargo de cobrador. Abade afirma que, pelo acordo, as empresas deverão manter o cargo por pelo menos mais três anos. Já Alceu Machado pondera que, apesar de uma cláusula do acordo ser referente a manutenção dos cobradores, existe uma lei municipal que obriga o sistema de transporte público a operar com estes trabalhadores e que esta precisaria ser revogada para haver mudanças.


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