Cidades|z_Areazero
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23 de fevereiro de 2017
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18:53

Rodoviários colocarão proposta de reajuste salarial em votação nas garagens de ônibus

Por
Luís Gomes
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Rodoviários colocarão proposta de reajuste salarial em votação nas garagens de ônibus
Rodoviários colocarão proposta de reajuste salarial em votação nas garagens de ônibus
Discussão sobre o dissídio se estende desde janeiro | Foto: Joana Berwanger/Sul21)

Da Redação

Após a assembleia da categoria rejeitar a última proposta de reajuste salarial feita pelas empresas operadoras do transporte público de Porto Alegre, os rodoviários decidiram realizar uma votação em todas as garagens de ônibus da Capital a partir da madrugada desta sexta-feira (24), informou o sindicato Stetpoa na tarde desta quinta (23).

Ontem, uma assembleia realizada em frente à sede do Stetpoa, na Cidade Baixa, os presentes recusaram a proposta feita pela Seopa, sindicato das empresas, de reajuste salarial de 5,50%, não parcelado, aumento do vale alimentação dos atuais R$ 23,48 para R$ 25 – os rodoviários pleiteavam R$ 29 inicialmente – e o desconto em folha referente ao plano de saúde familiar saltando de R$ 30 para R$ 50 – as empresas defendiam que era preciso aumentar a participação dos trabalhadores porque os valores pagos atualmente seriam insustentáveis.

De acordo com o vice-presidente do Stetpoa, Sandro Abbade, oficialmente a proposta nem foi colocada em votação oficialmente. “As pessoas se reuniram, mas já não estavam com espírito de negociação. Nem pudemos apresentar a proposta direito”, afirma.

Em razão disso, o sindicato decidiu realizar uma votação em que a totalidade da categoria possa se manifestar. Serão colocadas urnas em todas as garagens para que, a partir das 4h, cobradores e motoristas possam votar se aceitam ou rejeitam a proposta da patronal. A expectativa é que o resultado seja conhecido no sábado.

Abbade, porém, acredita que já não há mais como avançar nas negociações com as empresas. “Essa corda já esticou o que tinha que esticar. Não há mais espaço para negociação”, afirma.

A discussão a respeito do dissídio da categoria, cuja data-base é 1º de fevereiro, se estende desde janeiro. Após esta definição, o aumento da tarifa dos ônibus deve ser definido.


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