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25 de novembro de 2014
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23:09

Marcha marca o início dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra mulher

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Sul 21
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Marcha das mulheres saiu da Esquina Democrática, no centro da cidade | Foto: Luana Mesa/SPM
Marcha das mulheres saiu da Esquina Democrática, no centro da cidade | Foto: Luana Mesa/SPM

Débora Fogliatto

Pelo fim da violência contra a mulher, cerca de cem pessoas marcharam nesta terça-feira (25) no centro de Porto Alegre, em ato organizado por diversos coletivos. A passeata, com concentração na Esquina Democrática, marca o Dia Internacional da Não-Violência Contra as Mulheres, dando início aos 16 Dias de Ativismo pelo mesmo tema.

O protesto começou por volta das 18h30 na Esquina Democrática, onde ativistas do Levante Popular da Juventude, Marcha Mundial das Mulheres, União Brasileira de Mulheres, Coletivo Feminino Plural e Coletivo de Mulheres da Ufrgs levantaram cartazes com suas reivindicações, formando uma roda. Dentre os cartazes, havia dados alarmantes, como “Uma em cada quatro mulheres é abusada durante sua vida no Brasil”, além de frases pedindo o fim da violência, convocando homens a “serem parceiros na luta” e exigindo direitos sobre o próprio corpo.

Cantando “A nossa luta é todo dia contra o machismo, o racismo e a homofobia”, mulheres e homens de todas as idades se reuniram e, quando alguém falava no megafone, todas repetiam para que os passantes pudessem ouvir. “Nesse minuto, uma mulher está sofrendo violência doméstica. Nós precisamos falar de violência, de estupro, de aborto, encarar que a violência acontece todos os dias”, demandou Cláudia Prates, da Marcha Mundial das Mulheres.

Por volta das 19h, o protesto saiu em marcha pela Avenida Borges de Medeiros, dobrou na Jerônimo Coelho e parou no Palácio da Justiça, onde algumas manifestantes falaram sobre o caso da menina estuprada recentemente próximo da Usina do Gasômetro e citaram violências que atingem as mulheres. Com velas brancas, as ativistas fizeram um círculo e um minuto de silêncio pelas mulheres assassinadas pela violência de gênero no ano de 2014.

“Fizemos essa vigília simbólica e trouxemos relatos, mensagens e giz para riscar no chão e nas paredes”, relatou Jéssica Pereira, do Levante Popular da Juventude. Após o minuto de silêncio, as mulheres deram as mãos em uma grande roda que ocupou todo o hall externo do Palácio, cantando “Companheira, me ajude, que eu não posso andar só, eu sozinha ando bem, mas com você ando melhor”.

Logo o chão e paredes começaram a ficar repleto de mensagens quando as manifestantes começaram a riscar com giz coloridos e colar os cartazes, com dizeres a favor do aborto e do feminismo e contra a violência, o machismo e o patriarcado. O único momento de tensão durante o ato aconteceu quando um segurança do Palácio interferiu para impedir uma menina de riscar um pilar de mármore com pincel atômico, o que foi contestado pelas pessoas presentes, que afirmavam que o escrito sairia com álcool.

A marcha foi encerrada por volta das 20h20 e marcou início dos 16 Dias de Ativismo, que seguem com programação até o dia 10 de dezembro em Porto Alegre e região metropolitana.

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Foto: Luana Mesa/SPM
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