A reunião da CPI foi encerrada por falta de quórum, nesta terça-feira (17), quando os deputados tentaram votar a inclusão, na pauta, da convocação do empresário André Gerdau, da siderúrgica Gerdau, indiciado na segunda (16) pela Polícia Federal. A Gerdau é suspeita de ter corrompido conselheiros do Carf.
O requerimento foi apresentado pelo deputado Ivan Valente (PSOL-SP). “Está na hora de convocarmos um empresário”, disse Valente. A proposta, porém, foi criticada por outros deputados, que acharam que não é o momento de convocar acusados de corrupção ativa. “Concordo com a convocação, mas não neste momento”, disse o deputado Heráclito Fortes (PSB-PI).
“É uma empresa sediada em 14 países e que já perdeu valor de ações depois do indiciamento. Não há decisão favorável à Gerdau no Carf e não há provas de pagamento”, disse o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG).
O requerimento foi a votação e apenas 13 deputados votaram – sendo que era preciso pelo menos a presença de 15.
A pauta da reunião previa ainda a votação do requerimento de convocação de outro empresário, Walter Faria, dono da Cervejaria Petrópolis, empresa beneficiada por um julgamento suspeito no Carf.
Já o depoimento do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, marcado para o próximo dia 18, foi adiado para 2 de junho a pedido dele.
Mantega alegou problemas de saúde da mulher. O presidente da CPI, deputado Pedro Fernandes (PTB-MA), concordou, mas deixou claro que não vai permitir novo adiamento.