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6 de maio de 2016
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21:02

‘Eles acharam que tinham me executado’, diz vereador sobre suposta tentativa de homicídio

Por
Sul 21
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‘Eles acharam que tinham me executado’, diz vereador sobre suposta tentativa de homicídio
‘Eles acharam que tinham me executado’, diz vereador sobre suposta tentativa de homicídio

Da Redação

Em entrevista coletiva na tarde desta sexta-feira (6), o vereador Rodrigo Maroni (PR) disse que espera que a Polícia Civil possa esclarecer a autoria e os motivos dos tiros que atingiram seu carro na noite de quinta-feira (5), na zona sul da Capital. O caso está sendo investigado pela 4ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa.

O parlamentar relatou que dirigia em direção ao Lami para fazer a entrega de um cachorro a um adotante, quando foi seguido por uma dupla em uma motocicleta. Em determinado trecho do percurso, ele disse que teria ouvido estampidos de “cinco ou seis” tiros, momento em que acelerou o veículo. Na sequência, conforme Maroni, dois tiros teriam atingido o seu carro, quando acelerou ainda mais, não conseguindo vencer uma curva. Depois de bater o carro, ele saiu do veículo e procurou proteção em árvores, enquanto a dupla que estava na motocicleta teria encostado ao lado do carro e e disparados “uns três tiros.” “Estava escuro, eles acharam que tinham me executado”, disse o vereador.

Rodrigo Maroni disse que vem recebendo ameaças de morte por telefone e rede social| Foto: Leonardo Contursi/CMPA
Rodrigo Maroni disse que vem recebendo ameaças de morte por telefone e rede social| Foto: Leonardo Contursi/CMPA

Depois de ter certeza que a motocicleta tinha se afastado, Maroni contou que caminhou um trecho até encontrar sinal para o celular para acionar a polícia e sua assessoria. O carro foi periciado ainda na noite de quinta-feira. Defensor da causa dos animais e pré-candidato à prefeitura, Maroni registrou um boletim de ocorrência, na última segunda-feira (2), devido às agressões que teria sofrido no domingo (1º), enquanto investigava a morte de um charro na vizinhança onde o crime ocorreu, no bairro Santana. Segundo o vereador, ele conversava com vizinhos da mulher que teve seu cão Yorkshire morto a chutes quando o autor da agressão chegou e o ameaçou, acompanhado de outros 15 homens.

Desde o episódio, o vereador disse que recebeu inúmeras ameaças feitas tanto por telefone quanto pelas redes socais, entretanto frisou que não poderia afirmar que os tiros no carro tenham ligação com as agressões no bairro Santana. “Recebi umas 15 ou 20 ligações de ameaças de morte, que eu não chegaria até domingo”, contou Maroni. O domingo referido pelo parlamentar é a data do protesto organizado por ele, no bairro Santana, contra a morte do cachorro.

Ao mesmo tempo, Maroni foi taxativo ao afirmar que sofreu um atentado. “Eu tenho convicção que foi uma tentativa de homicídio, nada foi roubado, não mexeram no carro”, argumentou ele. “Espero que a polícia realize bem seu trabalho”, acrescentou. Na manhã desta sexta-feira, o presidente da Câmara de Vereadores da Capital, Cassio Trogildo (PTB), inclusive, esteve no Palácio da Polícia pedindo a investigação dos fatos.

Professor de yoga, Maroni diz que abriu mão de prioridades da sua vida particular para lutar por políticas públicas para os animais. “Sou budista e estou louco para morar no mato”, comentou ele. Entretanto, o vereador, que tem se dedicado a uma agenda extensa visando a Prefeitura, elencou quatro políticas públicas para depois se aposentar: Delegacia de Polícia para Animais, hospital público veterinário, ambulância para resgate e um projeto de 100% de castração de animais em parceria com clínicas veterinárias.

A partir de agora, o vereador informou que usará colete à prova de balas e contratará segurança particular para ele e sua família.

 


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