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15 de março de 2016
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18:16

Stédile: ‘Caso de Bolsonaro é patológico, ele deveria procurar um médico’

Por
Sul 21
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MST faz sua luta baseada na Constituição, respondeu João Pedro Stédile a Jair Bolsonaro. VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL
MST faz sua luta baseada na Constituição, respondeu João Pedro Stédile a Jair Bolsonaro. VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL

Da RBA

Coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile respondeu às declarações do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que no último domingo (13) recomendou “um fuzil 762” para os ruralistas “combaterem” integrantes do MST. “O deputado Bolsonaro é uma pessoa de ideias fascistas. Ele não tem muita credibilidade política e moral, então nós não levamos em conta a fala dele. O caso dele já é de patologia, ele deveria procurar os médicos”, disse à repórter Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.

“Fazemos a nossa luta sobre o que está na Constituição, na qual o governo deve desapropriar as propriedades improdutivas e distribuí-las aos sem terra”, afirmou o líder do MST.

Na opinião de Stédile, os protestos de domingo – “Uma manifestação da pequena burguesia branca, de direita e reacionária” – preocupa, já que pode indicar um fortalecimento de setores que sistematicamente se opõem às conquistas trabalhistas.

“Essa burguesia, ao longo da história do país, sempre teve um comportamento reacionário e elegeu personagens direitistas na política. A única pauta da Rede Globo e dessa minoria é a volta do neoliberalismo e a subordinação do Brasil ao capital internacional.”

Deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) na manifestação do domingo (13). WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL
Deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) na manifestação do domingo (13). WILSON DIAS/AGÊNCIA BRASIL

Para Stédile, o atual momento do Brasil exige uma compreensão serena dos movimentos sociais. Ele afirma que o governo se tornou frágil e inábil, ao não conseguir se aliar à base social que o elegeu. “O governo tem feito apenas pontes de diálogos para tentar assumir parte da agenda neoliberal, como a proposta da reforma da Previdência e o acordo de tirar a Petrobras do pré-sal. Esses sinais (do governo) para a direita não alivia a oposição e faz com que o governo perca credibilidade com a base social.” Ele também afirma que passou a ser favorável ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumir uma pasta no ministério de Dilma, após a sucessão de desmandos da Operação Lava Jato. Ela acredita também que Lula ajudará a presidenta a evoluir nas políticas públicas reivindicadas pelos movimentos populares. “Com a prepotência do juiz federal Sergio Moro, que acha que está acima da Constituição, o ex-presidente Lula está sofrendo perseguições incabíveis. Então, transformá-lo em ministro, além de ajudar o governo, é uma forma de protegê-lo das medidas ilegais de setores do Jurídico.”

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