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8 de novembro de 2015
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11:15

Voluntários contam histórias e promovem oficinas para crianças na Feira do Livro

Por
Sul 21
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Foto: Guilherme Santos/Sul21
No estande “Histórias Vivas”, crianças se divertem ouvindo conto | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Débora Fogliatto

A pequena Camila tinha um ursinho de pelúcia do qual gostava muito, mas, certo dia, disse para sua mãe que o bichinho havia se tornado “assustador”. Ao buscar o urso, a mãe da menina constatou que o brinquedo havia, na verdade, “ficado caolho”. A trama é parte da história infantil, que busca ensinar tolerância e respeito às diferenças, e que foi contada na tarde da última terça-feira (3) para cerca de 20 crianças na Feira do Livro. A obra “Camila e seu ursinho estranho” foi lida no estande da Caixa Econômica Federal, em parceria com a Associação Viva e Deixe Viver.

Os pequenos, de 5 a 6 anos, ouviam atentamente e participavam respondendo aos questionamentos e fazendo mímicas. A maioria das crianças que participou desta contação eram estudantes da Escola Municipal Chapéu do Sol, onde a professora Patrícia Russo relata que tem o hábito de trabalhar com literatura. Além de ouvir as histórias contadas, elas passearam por cerca de duas horas na Feira do Livro, na companhia de quatro educadoras. “A maioria não viria aqui se não fosse com a escola. Então, nós queremos levar a elas essa vivência das histórias”, afirma Patrícia.

A contação é feita por voluntárias da Associação Viva e Deixe Viver, que existe em oito estados brasileiros e foi criada em 1997. Em geral, o trabalho é realizado com crianças hospitalizadas, embora nesta edição da Feira tenha sido feita a parceria com a Caixa para as  atividades no próprio local. “Tem tido bastante público nas contações, e as crianças adoram. A gente também se surpreende com a inteligência delas”, afirma a voluntária Idione da Rosa. Além de ouvir histórias, os pequenos também podem participar de oficinas oferecidas, como de dobraduras e produção de marca páginas.

 Foto: Guilherme Santos/Sul21
Crianças eram incentivadas a participar, imitando “ursinho caolho” | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Outro trabalho realizado pelos frequentadores da Feira foi a confecção de cartas para crianças que estão no hospital, fazendo uma ponte entre este trabalho e o que normalmente é realizado pela Associação. Idione está desde 2007 na ONG, que conta com 120 voluntários na capital gaúcha. Eles realizam trabalhos no Hospital Santo Antônio, Conceição e na AACD.

Para se preparar para serem contadoras, as voluntárias fazem uma formação em que aprendem não só sobre a leitura de histórias, mas também sobre a relação com as crianças que estão nos hospitais. Durante o período de três meses, vão aos locais acompanhando contadores já “formados” para se adaptar, até que completam a formação e podem exercer a atividade sozinhos. “Seja no hospital ou aqui na Feira, temos a missão de levar alegria para as crianças”, resume Idione.

Além da contação de histórias para as crianças que participam da Feira, o estande da Caixa e a Associação também promovem uma ação em que pessoas que estejam passando pelo local contam partes de histórias para um vídeo, que será compilado e transmitido, a partir de um “robô”, para crianças em hospitais.

Foto: Guilherme Santos/Sul21
Pequenos eram alunos da Escola Chapéu do Sol | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Feira do Livro

A 61ª Feira do Livro de Porto Alegre teve início na sexta-feira da semana passada (30), e estima-se que tenham passado 320 mil pessoas pelas bancas na Praça da Alfândega nos três primeiros dias de evento. Apesar de corte no orçamento da Feira e temor de que as vendas seriam menores, a Câmara Rio-Grandense do Livro afirma que as vendas tiveram incremento de 24%, comparadas ao mesmo período do ano passado.

 


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