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16 de dezembro de 2020
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15:05

Governo Bolsonaro publica decreto que determina extinção da Ceitec

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Sul 21
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Governo Bolsonaro publica decreto que determina extinção da Ceitec
Governo Bolsonaro publica decreto que determina extinção da Ceitec
O projeto do Ceitec ganhou forma em 2000, quando um protocolo de intenções foi firmado entre os governos municipal, estadual e federal, instituições de ensino superior e empresas privadas. (Foto: Divulgação)

Da Redação

O Diário Oficial da União desta quarta-feira (16) publicou decreto do presidente Jair Bolsonaro determinando a extinção do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec). O decreto 10.578 autoriza a “desestatização” da Ceitec, na modalidade de dissolução societária. Segundo o governo Bolsonaro, as regras para a escolha da “entidade privada sem fins lucrativos como organização social”, que deverá “absorver as atividades de pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico e inovação no setor de microeletrônica” serão definidas pelo ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações.

O projeto da Ceitec ganhou forma em 2000, quando um protocolo de intenções foi firmado entre os governos municipal, estadual e federal, instituições de ensino superior e empresas privadas (incluindo a Motorola). As atividades do Centro de Design, onde são desenhados os projetos de chips, começaram nos parques tecnológicos da UFRGS e da PUCRS, em 2005. No mesmo ano, também começou a construção do prédio.

Em 2008, o governo Lula (PT) decidiu encampar o projeto e, por meio de decreto presidencial, foi criada a Ceitec como empresa pública federal. Em 27 de março de 2009, o prédio Administrativo e o Design Center da empresa foram inaugurados. Em 5 de fevereiro de 2010, Lula veio inaugurar a chamada Sala Limpa da fábrica.

No governo Dilma (PT), a Ceitec esteve focada em um projeto de desenvolvimento de microchips para passaportes. Era algo inovador que serviria de referência para nações estrangeiras e poderia gerar mais de R$ 25 milhões em receita, conforme levantamento da própria empresa. A pesquisa foi abortada em 2016 por determinação de Michel Temer (MDB), que deu início ao processo de desmonte da estatal.


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