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4 de fevereiro de 2019
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13:11

Ministro do Turismo desviou verbas com candidaturas laranjas, diz jornal

Por
Sul 21
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O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL). Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Da Redação* 

Eleito deputado federal em Minas Gerais nas eleições de 2018, o ministro do Turismo do governo de Jair Bolsonaro (PSL), Marcelo Álvaro Antônio (PSL), teria usado candidaturas laranjas para desviar recursos do fundo partidário na disputa. Reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada nesta segunda-feira (4) revela que o diretório do PSL, então presidido pelo político, pode ter empregado dinheiro de candidaturas da cota feminina para empresas ligadas ao titular do ministério.

Assim, teriam sido investidos R$ 279 mil de dinheiro público em quatro candidaturas que conseguiram poucos votos: Lilian Bernardino, Mila Fernandes, Débora Gomes e Naftali Tamar. Elas representavam parte da cota feminina da bancada do PSL e figuram entre as 20 candidaturas do partido que mais receberam dinheiro do fundo partidário. No total, elas angariaram pouco mais de 2 mil votos, o que, segundo a reportagem, seria um indicativo de candidaturas de fachada, em que há simulação de alguns atos reais de campanha, mas não empenho efetivo na busca por votos.

Dos R$ 279 mil, R$ 85 mil foram parar oficialmente na conta de empresas que são de assessores, parentes ou sócios de assessores do hoje ministro de Bolsonaro. Uma parte do valor foi destinada à contratação do serviço de disparo de mensagens de apoio aos candidatos por meio do WhatsApp. Em outubro de 2018, a Folha revelou um esquema envolvendo doações de empresas à campanha de Jair Bolsonaro por meio de serviços de disparos de mensagens e desvio de dinheiro.

Um dos destinatários da verba seria Haissander Souza de Paula, que foi assessor do gabinete parlamentar de Álvaro Antônio de dezembro de 2017 ao início deste ano. Hoje ele é secretário parlamentar do suplente de Álvaro Antônio na Câmara, Gustavo Mitre, do PHS, mostra o jornal.

Outra parte da verba, segundo a reportagem, foi para duas empresas de comunicação de um irmão de Roberto Silva Soares, que foi assessor do gabinete de Álvaro Antônio e coordenou a campanha de Álvaro Antônio no vale do Rio Doce. Parte do dinheiro, aproximadamente R$ 10 mil, foi direcionado para uma gráfica de uma sócia do irmão de Soares.

*Com informações da Folha de S. Paulo


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