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19 de fevereiro de 2017
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10:28

Em ‘paraíso na Campanha’, pecuaristas lutam para preservar terras da chegada de mineradora

Por
Luís Gomes
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Em Palmas, o gado é criado a base das pastagens nativas | Foto: Luís Eduardo Gomes/Sul21

Luís Eduardo Gomes

No coração da Campanha, lá no interior de Bagé, estão os campos mais preservados do Bioma Pampa, um patrimônio cultural e da biodiversidade do Rio Grande do Sul. São quilômetros e quilômetros de terras que se espalham entre coxilhas, formações rochosas e cavernas procuradas por aventureiros, profissionais e amadores, e ao largo das águas do Rio Camaquã. Campos, limpos ou tomados por matas, onde pequenos e médios produtores rurais como Afonso Manuel Collares da Silva, 71 anos, criam gado, cavalos, ovelhas e cabras soltos, que se alimentam da pastagem nativa. Um modelo de produção que, depois de quase ameaçado pela expansão criação de animais confinados, retoma sua força com o aumento da procura por produtos orgânicos. Paisagens eternizadas na literatura local, onde ainda se encontram figuras que lembram o gaúcho mítico das obras de Simões Lopes Neto. Paisagens que os moradores referem-se como um verdadeiro “paraíso”, mas que cada vez mais sofrem com o avanço das plantações de soja e, desde alguns anos, da possibilidade da mineração.

Afonso, mais conhecido como Lalinho, é um desses “gaúchos míticos”. Daqueles que acorda de madrugada, monta em seu cavalo e, ainda antes do sol nascer, já está na lida campeira. Ele é morador do Corredor da Lixiguana, onde quase a totalidade das propriedades são voltadas para a pecuária. A especialidade é a venda de terneiros de cerca de um ano para envernadores de bois em Bagé, que os levam para engorda e, depois de mais um ou dois anos, vendem para frigoríficos.

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O Corredor da Lixiguana pertence ao distrito de Palmas, que está localizado há cerca de 60 km da cidade de Bagé. Área acessível apenas por uma estrada de terra, onde a energia elétrica só chegou em 2002, quando os produtores se uniram para colocar postes (o programa Luz para Todos só chegaria cinco anos depois).

Apesar de ser apenas um de vários distritos, abriga cerca de 80% da população rural do município. O distrito é subdivido em corredores, que são grandes áreas com propriedades rurais uma do lado da outra, acessíveis apenas por uma estrada de terra principal (e algumas vicinais).

Afonso Rodrigues, o Lalinho, é um dos moradores do Corredor da Lixiguana| Foto: Luís Eduardo Gomes/Sul21

A peculiaridade de Palmas é que, diferentemente do que ocorre nos distritos mais próximos da cidade de Bagé, onde as plantações de soja e eucaliptos se estendem por quilômetros e quilômetros, as terras ainda são de propriedade de pequenos e médios agricultores que conservam a pecuária como sua principal atividade, ainda que não seja a alternativa mais lucrativa.

Por cultura, ou orgulho, resistem também às investidas de grandes produtores e empresários do campo. O próprio Lalinho conta que, certo dia, um cidadão de Porto Alegre chegou à sua propriedade interessado em comprar os cerca de 340 hectares de campo que ele possui por R$ 5 mil a hectare, à vista. “Mas o cidadão esse não sabia que eu e meu irmão sabíamos quem ele era. Um produtor de soja de Porto Alegre. Dissemos: ‘enquanto nossa mãe for viva, nós só vamos trabalhar com pecuária’”, diz Lalinho.

E assim, segundo ele, seguido chegam ofertas. Também de gente interessada em plantar eucaliptos. “Eu sou muito contra certas coisas que eu vejo por aí. Por que plantar eucaliptos na nossa região? Aqui a gente tem que aproveitar o campo. Fazem 47 anos eu moro e trabalho aqui. Se deus quiser, eu vou morrer aqui. Não é esse tipo de negócio que vai mudar a minha maneira de pensar”, afirma.

Lalinho conta que a sua propriedade, a Fazenda do Sinuelo, está em sua família há mais de 200 anos, tendo sido adquirida originalmente em 1812, pelo seu bisavô, Lúcio José Collares, que a comprou de Joaquim Simões Pires, um dos sesmeiros que fundaram Palmas em 1790. A família Collares chegou à região na mesma época da fundação, por meio de dois irmãos contratados para trabalhar nas terras então de posse das famílias Simões Pires e Teixeira Brasil. Os Collares casaram-se com duas filhas desta última. À união destas famílias remonta boa parte da população de Palmas, mas especialmente a do Corredor da Lixiguana, onde os laços de parentesco se estendem por quase todos os campos.

Lalinho e o capataz, Beto Serviço, conversam com a reportagem | Foto: Luís Eduardo Gomes

Com orgulho, conta que os Collares originais eram “exímios laçadores e campeiros”, algo que ele também se orgulha de ser. Lalinho e seu capataz, Alberto Rodrigues, a quem chama de “Beto Serviço”, dominam uma prática pela qual muitos jovens locais já não se interessam mais, o rodeio – não confundir com as festividades sertanejas -, que consiste em reunir o gado disperso no campo para verificação de doenças, como bicheiras, e também para a contagem de cabeças.  

Ele diz que Beto, ao reunir o gado depois percorrer os 340 hectares de campo onde criam cerca de 200 cabeças, sabe, só de olhar, quando uma está perdida e provavelmente onde ela estará. “Se faltar uma rês, o Beto entra para dentro e começa a olhar. ‘Afonso, falta uma vaca assim e assim’. Isso a gente não aprende na faculdade. É um dom de quem está aqui todos os dias”, diz.

Para Lalinho, criar o gado solto em uma extensão de campo, com pastagens naturais, leva a um produto de melhor qualidade na comparação com o que é criado confinado. “Tem diferença até na qualidade da carne. Uma vaca abatida nesses campos aqui, a carne dela é muito melhor do que de uma criada confinada comendo ração”, diz Lalinho.

Mas tipos como ele podem estar ameaçados de extinção na região das Palmas. Primeiro porque, conforme Lalinho mesmo conta, a maioria dos jovens locais já não tem o mesmo interesse pelo campo dos antigos e acabam mudando-se para a cidade, geralmente Bagé, para estudar e lá permanecem. Em segundo lugar, porque a possibilidade de instalação de uma mineradora de chumbo, zinco e cobre a poucos quilômetros de suas terras pode acabar inviabilizando a pecuária local.

O local para onde a mineradora está prevista é conhecido como território das Guaritas, considerado uma das sete maravilhas do Rio Grande do Sul que, em 2010, foi reconhecido como um dos 21 principais territórios montanhosos do mundo pela World Famous Mountain Association (WFMA) por proposição do Banco Mundial. Este cenário está inserido dentro da região conhecida como Alto Camaquã, por ser percorrida pelo Rio Camaquã, que engloba oito municípios – Caçapava do Sul, Bagé, Encruzilhada do Sul, Piratini, Santana da Boa Vista, Pinheiro Machado, Lavras do Sul e Canguçu – e é considerada a área em que há a maior preservação do Bioma Pampa no Estado.

Rio Camaquã percorre diversos municípios da Campanha | Foto: Luís Eduardo Gomes/Sul21

A mineradora

A exploração da mineração é uma atividade antiga na região. A garimpagem em Lavras do Sul data do século XVIII. A mais antiga mina de cobre, onde hoje se situa a localidade de Minas do Camaquã, data de 1865. O interesse mais recente está ligado à mineração de cobre, zinco e chumbo, por meio de um consórcio formado pela brasileira Votorantim Metais Holding e pela canadense Iamgold Brasil. Na década passada, as empresas entraram com um pedido de licença prévia para lavra destes minérios junto ao governo do Estado através de uma mineradora a ser instalada no território das Guaritas, que pertence ao município de Caçapava do Sul, apesar de estar 90 km distante da cidade.

A expectativa das empresas é extrair, a céu aberto, 16 mil toneladas de zinco, 5 mil toneladas de cobre e 36 mil toneladas de chumbo por ano, durante 20 anos. O argumento usado para seduzir os moradores e autoridades locais a comprar a ideia de que a mineradora será um bom negócio recai, basicamente, sobre as promessas de investimento inicial de R$ 371 milhões e a geração de 450 empregos. Se conseguir a licença, a empresa projeta iniciar a operação no final de 2019 ou início de 2020.

Com apoio do governo Sartori

Como parte do processo para a emissão da licença prévia, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) determinou que fosse marcada uma audiência pública para apresentação do Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) à população de Caçapava do Sul, o que ocorreu em julho. Lá, apesar de ambientalistas e produtores rurais já terem demonstrado preocupação com o impacto ambiental e econômico do empreendimento, a expectativa era positiva. Afinal, tratava-se de uma promessa de investimentos e criação de empregos em uma cidade, como todas as outras, combalida pela crise econômica. O então prefeito, Otomar Vivian (PP), recentemente nomeado pelo governador Sartori para a presidência do Instituto de Previdência do Estado (IPE), era um dos principais defensores do empreendimento.

O problema, para os movimentos contrários ao empreendimento, era que, para a Fepam, a realização de audiência pública seria necessária apenas em Caçapava. Não havia previsão de consulta aos moradores de cidades do entorno, como Santana da Boa Vista, Pinheiro Machado e Bagé, que também serão afetados pela mineradora – assim como outras cidades da região. Os moradores de Palmas, cujas terras estão do outro lado do Rio Camaquã de onde será localizada a mineradora, portanto, até mais próximos da mineração e de seus efeitos do que os de Caçapava.

Comunidade das Palmas levou faixas para uma das audiências públicas | Fotos: Jaqueline Silveira/Sul21

Após pressão dos moradores dessas localidades contrários ao empreendimento, o MPF interveio e determinou a realização de mais três audiências, em Santana da Boa Vista, Bagé e Pinheiro Machado, que acabaram sendo realizadas em 22, 23, e 24 de novembro, respectivamente.

Nesses eventos, o gerente do projeto, engenheiro Paul Cezanne, tentou defender a mineração na região ao afirmar que as empresas tomariam todas as providências para evitar danos ao meio ambiente e à saúde do empreendimento. Disse, por exemplo, que os rejeitos da mineração serão empilhados a seco e não haverá a construção de barragens, como aquela que rompeu em Mariana (MG). Ainda assim, reconheceu que empreendimentos do tipo “têm impacto ambiental”. Ele também vendeu o projeto pelos benefícios econômicos, porém, confirmou que os benefícios tributários serão divididos entre União, governo do Estado e apenas a cidade de Caçapava. Além disso, revelou que o consórcio tem a intenção de extrair “prata como subproduto”, o que não tinha sido dito até então.

O empreendimento também teve o apoio de políticos locais, como o então prefeito de Caçapava, Otomar Vivian, e o atual prefeito de Santana da Boa Vista, Arilton Freitas (PT), à época ainda prefeito eleito. “Sou filho de mineiro e estamos aqui apoiando essa iniciativa. Nossa posição é de absoluta confiança na Fepam”, disse Vivian, em Bagé.

Talvez o apoio mais importante, porém, vem do próprio governo do Estado. Na audiência em Santana da Boa Vista, o enviado da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, José dos Santos Oliveira declarou: “O governo apoia esse projeto”, e salientou que falava em nome do titular da pasta, o secretário Fábio Branco.

Do outro lado, contra a mineradora, estavam professores universitários, ambientalistas, representantes da Embrapa e, especialmente, moradores e agricultores da região, que lotaram as últimas três audiências, apesar de a primeira e a última terem tido seus locais alterados com aviso mínimo para a população.

Vera Collares encabeça luta dos moradores de Palmas contra a mineradora | Foto: Luís Eduardo Gomes/Sul21

Uma das lideranças dos moradores de Palmas presentes nas audiências, Vera Collares é também uma das maiores críticas da mineração. “O que está em cima da terra a gente divide entre todos, o que está debaixo só uma empresa explora, e destrói tudo”, diz, repetindo uma frase que ouviu em uma das audiências.

Ela teme que a chegada de uma mineradora da Votorantim à Caçapava possa afetar as terras e o modo de vida dos produtores de pelo menos oito cidades do entorno. Teme também que a diversidade da fauna e flora local possa ser atingida, e diz que atualmente convivem, em meio às propriedades e ao gado de criação, cabritos, capivaras, tucanos, papagaios, caturritas, sabiás, entre tantas outras espécies.

Sobrinho de Vera, Regis Luiz Marques Collares, 32 anos, mais conhecido como Reginho, médico veterinário e produtor rural, teme que o impacto possa ser sentido a curto prazo. “Os especialistas dizem que em cinco anos o Rio Camaquã vai estar morto, porque não tem jeito, a mina contamina tudo”, afirma.

Além disso, o temor é que, com a chegada da primeira mineradora, outras acabem se instalando, uma vez que existem mais de 160 pedidos de licenciamento para a exploração da mineração somente na região do Alto Camaquã, que podem ser acessados pelo Sistema de Informações Geográficas da Mineração.

O Ministério Público, que esteve representando em todas as audiências, também apresentou críticas ao empreendimento. Pareceres contratados pelo órgão e assinados por geógrafos e biólogos apontam falhas no EIA-Rima. Segundo o MP, não há detalhamento sobre o impacto da captação e transporte de água no Rio Camaquã, nem de quais cuidados serão tomados na manipulação do minério de chumbo e de seus rejeitos, alertando que “todas as minas de chumbo no Brasil, principalmente as fechadas, apresentam sérios problemas de contaminação do meio ambiente local e danos à saúde da população”, sendo que isto pode ocorrer até mesmo pelo vento. O MP expressou ainda preocupação com a preservação da fauna e da flora nativas com a chegada do empreendimento, alertando, por exemplo, que não existiria licença para o manejo da vegetação nativa.

A partir dos apontamentos do MP, a Fepam determinou, em dezembro de 2016, que a Votorantim aperfeiçoasse o EIA-Rima.

Expansão de plantações de soja já é uma realidade em corredor vizinho ao Corredor da Lixiguana | Foto: Luís Eduardo Gomes/Sul21

Produção ou morte

Na linha de frente dessa luta, Vera Collares diz que os moradores de Palmas têm a consciência de que precisam mostrar às autoridades estaduais que a região é capaz de prosperar sem a chegada da mineradora. Ela argumenta que isso é possível e, mais que isso, defende que a mineração pode significar a perda de mais empregos ligados ao campo do que trará com trabalhadores diretos.

Um dos temores é que a extração de chumbo, em especial, e a consequente dispersão de seus resíduos pelo Rio Camaquã, pelo solo e pelo ar, possam colocar uma marca negativa na região, com compradores evitando a produção local por receio de possíveis altos níveis de intoxicação.

Há, por outro lado, desde 2009, um projeto de desenvolvimento para a região que engloba famílias dos oito municípios do Alto Camaquã, focado na agropecuária familiar. Através de parceria com Embrapa, Emater e governo do Estado, foi constituída uma rede de produtores locais, coordenada pela Associação Sustentável do Alto Camaquã (Adac). Hoje, seus produtos – que incluem carnes, lã, artesanato, doces, mel e um famoso bolinho de amendoim – são comercializados sob a marca Alto Camaquã, a qual eles trabalham para atribuir valores como qualidade e sustentabilidade.

Vera também luta para incluir os produtores de Palmas no projeto Rota do Cordeiro, uma iniciativa do Ministério da Integração Nacional, de 2011, que busca, com a participação da Embrapa, apoiar a produção de cordeiros e cabritos e todas atividades relacionadas.

Segundo ela, ao ingressar no projeto, os produtores podem acessar, coletivamente, um financiamento de R$ 5 milhões, a fundo perdido, para transformar a região do Alto Camaquã em um polo de produção de cordeiro. Em troca, os produtores teriam que cumprir contrapartidas, como aumento da produção, o que ela e o sobrinho reconhecem que nem sempre é algo fácil em um cenário de pouca união entre eles.

Reginho e um rebanho de caprinos | Foto: Luís Eduardo Gomes/Sul21

“Basta se organizar, o que às vezes é muito difícil. O produtor daqui um dia chega na cerca do vizinho e pensa: ‘tchê, que touro’. No dia seguinte vai no outro: ‘o touro do vizinho é ruim, o meu é muito melhor’. A gente tem que parar de ser individualista e pensar no grupo todo”, diz Reginho.

Vera salienta que duas associações de produtores de Palmas tinham se comprometido com a Adac a participar do projeto, mas não cumpriram com as condições impostas. Agora, a partir do Corredor da Lixiguana, eles tentam organizar outra associação, com o objetivo de ser um espaço para que os produtores realmente consigam unir forças. “Um produtor individualmente é muito difícil conseguir uma máquina de esquila, agora um grupo organizado consegue”, afirma Reginho. “Os projetos do governo são voltados para grupos, não para produtores individuais”, complementa Vera.

Segundo Reginho, o que impede o crescimento dos produtores não é a falta de mercado, mas justamente um dos problemas gerados pela falta de organização: a dificuldade para se unirem para entregar uma produção com regularidade. Ele cita, por exemplo, o caso do chef Marcos Livi, proprietário de quatro restaurantes em São Paulo e que vem ao RS comprar ovinos. Reginho diz que Livi precisa de 200 carneiros por mês para abastecer seus restaurantes e que há totais condições de os produtores de Palmas entregarem essa demanda, mas apenas se eles conseguirem se organizar para trabalhar em conjunto.

Ele salienta que 92% dos cordeiros do Estado estão nas pequenas propriedades. Na atualidade, não interessa aos grandes frigoríficos enviarem um caminhão para buscar 20 cabeças de cordeiro por vez, mas, se vários produtores se juntassem e vendessem, por exemplo, 200 cordeiros, já se tornaria mais interessante.

“Se o cara de Bagé não quer, de repente o de São Paulo quer. Quando tu começa a ter escala, tu começa a ter força”, afirma Vera.

Com a pressão da chegada da mineradora forçando os produtores a apresentarem maior lucratividade, eles afirmam que a adesão à Rota do Cordeiro é uma saída para convencer a população e as autoridades locais de que a região não precisa da mineradora para se desenvolver. “É agora ou nunca”, diz Reginho. “A gente do Alto Camaquã entende que é uma coisa ou outra, ou a gente aposta na ovinocultura ou na mina, porque a mina vai matar isso”, afirma Vera.

Confira mais fotos: 

Foto: Luís Eduardo Gomes/Sul21
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