Luís Eduardo Gomes
Em sua primeira visita oficial ao Rio Grande do Sul, depois de consumada a derrubada de Dilma Rousseff da presidência da República, Michel Temer participou nesta segunda-feira (9) de ato de entrega de 61 ambulâncias da Samu a municípios do Estado no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Ao final do ato, ele anunciou que o seu governo pretende construir um presídio federal de segurança máxima no RS, mas não estipulou prazo para o início da obra. Afirmou apenas que o projeto do presídio e o local de sua construção serão debatidos pelo Ministério da Justiça com o governo gaúcho.
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O governador José Ivo Sartori (PMDB) participou da cerimônia e deu um conselho ao seu correligionário: “Nunca se preocupe com a impopularidade. Temos que fazer o que precisa ser feito”. “Somos parceiros na melhoria da segurança pública do Estado e do país”, acrescentou, defendendo as políticas que seus respectivos governos vêm implementando.
A entrega das ambulâncias ao Estado faz parte da reposição de 340 ambulâncias do Samu em todo o país, um investimento de R$ 67,6 milhões. Dos veículos, 204 são novos e 136 foram utilizados durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. Em seu discurso, Temer disse que, em sete meses, o ministério da Saúde conseguiu economizar R$ 1,9 bilhão “cortando ralos” e que isso permitiu realizar mais investimentos e habilitar serviços que estavam parados.
Temer também saudou o fato de que, nesse período, conseguiu aprovar ou deixar encaminhadas quatro reformas – PEC do teto dos gastos, previdência, trabalhista e do ensino médio -, o que esperava que fosse levar dois anos. Ele disse que “sonha” que seu governo seja conhecido como “reformista” e que também deseja realizar uma reforma tributária.
Ao final de sua fala, salientou que o governo liberou recentemente R$ 900 milhões para construção de 25 presídios estaduais, um deles a ser construído no Rio Grande do Sul, e anunciou que também serão construídos cinco penitenciárias federais de segurança máxima. Ele confirmou que o RS também receberá uma dessas unidades, mas não deu prazos nem apontou a localização do futuro presídio. Questionado, após o ato, se acredita que essas medidas serão suficientes, Temer reconheceu que não, mas disse que situação é dramática e exige a construção de presídios.