Da Redação
O curta-metragem “Annoni – 30 anos de Marcos”, produzido pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Rio Grande do Sul e pelo gabinete do deputado estadual Edegar Pretto (PT) foi selecionado para participar da mostra competitiva do 3º Festival de Cinema de Três Passos, que ocorre de 9 a 12 de novembro.
O festival de caráter educativo, competitivo e informativo exibe filmes com duração máxima de 20 minutos e possui mostras competitivas nas categorias: ficção, documentário, animação, experimental, temática ambiental, estrangeiro e infanto-juvenil, além de uma mostra não competitiva.
Esse é o quarto festival para o qual o filme sobre a história da fazenda Annoni é selecionado. O curta foi selecionado para ser exibido no Cine B, uma mostra itinerante de cinema nacional que ocorre na grande São Paulo, e no 16º CurtaSE, Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe. Além disso, está competindo ao prêmio de melhor documentário em dois festivais: o 6º Cinecipó, Festival Socioambiental de Cinema, que ocorre em Belo Horizonte (MG) e no 3º Festival de Cinema de Três Passos.
O curta foi produzido em outubro de 2015 e lançado no dia 29 daquele mês, quando o assentamento da Fazenda Annoni completou 30 anos de conquista da terra, constituindo-se hoje em um dos maiores assentamentos do Rio Grande do Sul. O documentário fala sobre o início do MST, a vida e morte da militante Roseli Nunes, assassinada durante um protesto em 1987, e de seu filho Marcos Tiaraju, que acabou se formando em Medicina em Cuba e hoje trabalha em postos de saúde da rede municipal de Nova Santa Rita, município que possui quatro assentamentos do MST. A obra também mostra a realidade da Fazenda Annoni hoje, como um exemplo da reforma agrária que dá certo no nosso país, transformando latifúndio em terra produtiva de alimentos saudáveis.
“Annoni – 30 anos de Marcos” tem direção, edição e câmera de Thiago Köche, e roteiro de Catiana de Medeiros, Solange Engelmann e Thiago Köche, com músicas de Chico Buarque, Milton Nascimento, Teatro Mágico e Cantadores do Povo em sua trilha sonora.
Segundo o diretor, a seleção do filme para participar de festivais é importante para “levar Brasil afora a verdadeira identidade do MST e de sua luta, para as pessoas que tem um preconceito deturpado do movimento devido às informações parciais que as grandes empresas de comunicação levam para suas casas”. “O documentário é uma oportunidade da pessoa entrar num assentamento e ver de perto a verdadeira reforma agrária que dá certo, distribui renda, dá terra improdutiva para quem quer plantar, produz alimentos saudáveis e orgânicos e cuida melhor da nossa Mãe Terra”, diz Thiago Köche.
