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31 de agosto de 2016
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02:06

Sob chuva, manifestantes vão ao diretório do PMDB em Porto Alegre protestar contra o golpe

Por
Sul 21
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Ato aconteceu enquanto senadores julgam Dilma em Brasília | Foto: Maia Rubim/Sul21
Ato aconteceu enquanto senadores julgam Dilma em Brasília | Foto: Maia Rubim/Sul21

Débora Fogliatto

Coordenado por movimentos de juventude, o ato “Não ao golpe” marchou da Esquina Democrática até o diretório do PMDB nesta terça-feira (30), em Porto Alegre. O protesto aconteceu durante o quinto dia de julgamento da presidenta afastada Dilma Rousseff (PT) no Senado, enquanto, em Brasília, os senadores faziam suas considerações sobre o assunto. Mesmo com a chuva que caía sobre a cidade desde o meio da tarde, centenas de pessoas se reuniram desde as 18h para protestar contra o governo de Michel Temer (PMDB).

“Diante do caos político em que esse país se encontra, estamos aqui hoje pelo nosso direito democrático de tomar as ruas em denúncia aos retrocessos que esse golpe representa. Nós, jovens, mulheres, negros e negras, não nos sentimos representados por esse governo golpista”, afirmou uma das integrantes do coletivo PoA Fora de Ordem, que organizou o ato. O protesto prestou solidariedade aos manifestantes que foram reprimidos pela Polícia Militar em outras cidades brasileiras nesta segunda-feira (29), também em atos contra o golpe.

Por volta das 19h, os manifestantes saíram em caminhada pela avenida Borges de Medeiros, entoando “fora, Temer!” e “vem pra rua,, vem, é contra o golpe”. A maioria das pessoas levou guarda-chuvas ou usava capas, mas havia os que se molhavam sem se proteger e não pareciam se incomodar com a água, que não deu trégua durante o percurso.

Ato partiu da Esquina Democrática, no Centro de Porto Alegre | Foto: Maia Rubim/Sul21
Ato partiu da Esquina Democrática, no Centro de Porto Alegre | Foto: Maia Rubim/Sul21

Após percorrer a Borges, os manifestantes entraram na rua José do Patrocínio, em direção à Cidade Baixa. Na esquina com a Avenida Loureiro da Silva, alguns motoristas que ficaram presos no trânsito devido ao ato começaram a buzinar em crítica ao movimento, e os manifestantes fizeram o enfrentamento no local por alguns minutos, entoando “fora, Temer!” de frente para os carros. Em seguida, continuaram até a rua da República, onde dobraram na avenida João Pessoa.

A avenida, onde está localizada a sede municipal do PMDB, era o destino principal do ato, que tinha como objetivo denunciar o papel do partido no golpe e criticar as medidas de arrocho e retirada de direitos no país. “Estamos aqui para dizer que não vamos tolerar governos golpistas no país, nem no estado e nem na cidade”, disseram as organizadoras.

Os participantes picharam a fachada do diretório com as palavras “fora Temer” e entoaram: “não tem mulher, só tem patrão, esse governo é inimigo do povão”, em referência à composição ministerial de Temer, e “para barrar o ajuste fiscal, é fora Temer e greve geral”. A Brigada Militar, também criticada ao longo do ato a partir da música “não acabou, tem que acabar, eu quero o fim da Polícia Militar”, não estava acompanhando a manifestação. Apenas um carro da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) ia atrás dos manifestantes.

Após as críticas ao PMDB, o ato continuou, entrando na avenida Venâncio Aires e retornando para a Cidade Baixa pela rua Lima e Silva até a Loureiro, onde aconteceu a dispersão.

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| Foto: Maia Rubim/Sul21
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