Da Redação
Professores, doutores — principalmente da área da saúde –, policiais, motoristas e prestadores de serviço em geral, são muitos os candidatos a vereador de Porto Alegre que tentam chegar à Câmara municipal usando, em seu nome de guerra e de urna, as profissões pelas quais ficaram conhecidos em suas comunidades e na cidade, uma tática que já deu certo nas últimas eleições.
Atualmente, são sete os vereadores que levam sua profissão, atual ou antiga, em seu nome. Mesmo que todos eles se reelejam, porém, a bancada dos “profissionais” perderá ao menos um representante, uma vez que Carlos Comassetto deixou de lado a alcunha “engenheiro” e concorrerá à reeleição apenas como Comassetto, deixando também os engenheiros sem seu único representante na disputa. Há porém, muitos outros buscando aumentar essa bancada “profissional”. Dos 588 candidatos a vereador registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao menos 64 trazem a profissão no registro de suas candidaturas, incluindo os atuais vereadores. .
A categoria mais lembrada é a de professor, com 20 nomes: Prof. Tovi (REDE), Prof. Vargas (DEM), Prof. Vinicius Kaster (PPS), Prof. Vitorino (REDE), Prof. Wambert Di Lorenzo (PROS), Prof. Willy Schneider (PTB), Prof. Angela Freitas (PTB), Prof. Ruth D’Amorim (PMDB), Prof. Roberto do PT (PT), Prof. Padilla (PSC), Prof. Dullius (PCdoB), Prof. Daniel Esteve (DEM), Prof. Bernardo (PT), Prof. Vanius (PTB), Prof. Cassio Moreira (PCdoB), Prof. Lu (PSD), Prof. Daniel Mamão (PT), Prof. Antonio Marcelo Pacheco (PTB) e Prof. Alex Fraga (PSOL), o único “representante da classe” atualmente na Câmara de Vereadores.
Na sequência, aparecem os profissionais da saúde. São oito “doutores”, Nemias Sanches (PHS), Marconi (PSB), Fernando (PEN), Marcelo Rocha (PSOL), Raul Fraga (PMDB), Rubes, Goulart (PTB) e Thiago (DEM) – estes dois últimos já vereadores -, uma enfermeira, Metrangolo (SD), um socorrista, Walverde (PV), além de Hermes Xula do Posto de Saúde (PSOL) e do Seu Armando da Farmácia (REDE).
Como não poderia deixar de ser, há também diversos representantes da área da segurança, como os delegados Diogo (PSD) e Cleiton (PDT) — este cumprindo mandato –, os sargentos Leandro Vieira (PSDC) e Hilario (PSD), a Comandante Nádia (PMDB), o Tenente Coronel Vieira (PSB), o vigilante Marcão (PSOL) e o detetive Índio (PP), cuja classe poderá ter um derradeiro acerto de contas de popularidade com os despachantes, representados por João Carlos (PEN).
Outro problema notório de qualquer grande cidade é a mobilidade. Nada mais natural, então, que os trabalhadores do trânsito da cidade estejam representados na disputa. Além do atual vereador Paulinho Motorista (PSB), tentarão chegar a Câmara seus colegas Afonso Rodoviário (PSTU), Paulo Jesse Cobrador (PEN), Leandro da Combi (PTB) e Toninho do Táxi (SD). O Uber terá que aguardar ao menos mais uma eleição para ter seu candidato.
Há também os músicos, como DJ Cassiá (PTB) e MC Vesga (PV), os entregadores de gás, Marcelo (REDE) e Junior (PEN), os profissionais que atuam na área da alimentação — Gilson Padeiro (PPS), Garçom Roni (PPS), Nani do Tutti (PSOL), Ney do Bolicho (Rede) e Julinho do QG do Frango (PSB) –, e aqueles que são representantes únicos de suas categorias: Conselheira Teresinha (REDE), Vera Engraxate (PDT), Toninha Poeta (PP), Maria Cabeleireira (PV), Leandro Gonçalves Bancário (PSOL) e João Chaveiro (PEN). Os místicos também poderão ser representados por Márcia Bruxa (PTB) e os gremistas tentarão manter sua já tradicional bancada da Libertadores de 1995 com o ex-volante e atual vereador Dinho do Grêmio (DEM).
Curiosamente, as duas categorias que mais têm representantes na disputa segundo dados do TSE, os empresários (48) e advogados (47), não acompanham o nome de nenhum dos 588 candidatos na disputa.
