Jaqueline Silveira
A manifestação de diferentes coletivos ligados à causa LGBT, movimentos de mulheres e de defesa dos direitos humanos contra as ideias do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) terminou em pancadaria, na tarde desta terça-feira (26), no auditório Dante Barone da Assembleia Legislativa gaúcha. Após um protesto pacífico realizado em frente à Assembleia, um grupo de cerca de 80 ativistas entrou no auditório onde ocorria um ato em apoio a Bolsonaro para promover um “beijaço”. Cantando slogans como “A nossa luta é todo dia, contra o racismo e a homofobia”, os manifestantes ficaram alguns minutos logo depois da escada que dá acesso ao auditório. Quando começavam a sair, um participante do ato pró-Bolsonaro agrediu uma das manifestantes que logo foi socorrida por seus companheiros. Seguiu-se uma pancadaria que atingiu também jornalistas que cobriam a manifestação e que acabaram agredidos por apoiadores de Bolsonaro. Seguranças da Assembleia entraram em ação e os manifestantes voltaram para o lado de fora da Assembleia.
Do lado de fora da Assembleia, o advogado Gustavo Bernardes, ex-presidente do Conselho Nacional LGBT, disse que “não será este sujeito que irá acabar com a diversidade no Brasil”. Bolsonaro passou a manhã concedendo entrevistas à imprensa em Porto Alegre, repetindo seus bordões contra gays, comunistas, petistas e tudo que guarde relação com os direitos humanos. O deputado foi recebido na Assembleia por seus apoiadores que cantaram o hino do Rio Grande do Sul e gritaram palavras de ordem contra o PT, os direitos humanos e a esquerda em geral. O deputado federal Luiz Carlos Heinze, um dos parlamentares do PP gaúcho investigados na Operação Lava Jato, foi levar seu apoio a Bolsonaro, sendo saudado como “ícone do conservadorismo”.
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