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5 de maio de 2015
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15:26

“Por enquanto, não tem absolutamente nada”, diz Sartori sobre salários da segurança

Por
Sul 21
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“Por enquanto, não tem absolutamente nada”, diz Sartori sobre salários da segurança
“Por enquanto, não tem absolutamente nada”, diz Sartori sobre salários da segurança
Sobre o pagamento do funcionalismo: "Se tiver a receita para pagar hoje, vou pagar" | Foto: Luiz Chaves/Palácio Piratini
Sobre o pagamento do funcionalismo: “Se tiver a receita para pagar hoje, vou pagar” | Foto: Luiz Chaves/Palácio Piratini

Da Redação

O futuro dos salários dos servidores da segurança pública segue incerto. A prorrogação do calendário do reajuste salarial concedido na gestão anterior não foi confirmada pelo governador José Ivo Sartori (PMDB). Os reajustes deveriam vigorar no final deste mês e, para o executivo alterar o prazo, é necessária a aprovação de projeto de lei até o dia 25 de maio na Assembleia Legislativa do RS (AL-RS). “Todos os dias eu ouço esta pergunta, mas, por enquanto, não tem absolutamente nada”, disse Sartori em entrevista na Agert (Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão) nesta terça-feira (5).

O calendário de reajustes da área da segurança é mais um motivo de preocupação para a atual gestão, devido ao impacto de cerca de R$ 4 bilhões que terá sobre as contas públicas. Em cinco meses de governo, Sartori ainda não sinalizou com alternativas para superar a crise financeira que se agravou no estado nos últimos 20 anos. “A mudança no modo de governar pode gerar desconfortos, mas nós adotamos a simplicidade. Não estamos fazendo cortes, só limitando o custeio”, afirmou o governador sobre as medidas de redução de 21% do orçamento e o decreto que restringiu os pagamentos anteriores a 2015 e a contratação de novos servidores.

Ao ser questionado sobre a garantia do governo do estado em honrar o parcela da dívida com a União, atrasada em abril para conseguir pagar o salário do funcionalismo em dia, Sartori também não foi preciso. “Dependerá da receita do estado e das contribuições do ICMS. Se tiver a receita para pagar hoje, vou pagar”, falou.

Herança só a bendita 

O decreto enviado pelo governo Sartori no começo do ano para não quitar o saldo devedor do ano de 2014 está gerando problemas para órgãos públicos e autarquias. Entre eles, a falta de combustível para viaturas e o atraso no pagamento das contas de telefone da Brigada Militar e Daer. “Pena que não receberam antes, mas no nosso governo os pagamentos estão em dia. Questões do passado estão sendo usadas para fazer pressão. Cada empresa arruma a sua maneira de se contrapor”, disse o governador.

Por uma hora o governador falou em cadeia aberta às emissoras afiliadas da Agert. Todas as perguntas enviadas pelas cidades do interior do estado traziam anseios por obras e melhorias nas diferentes que dependem da capacidade financeira do estado. Apenas obras já conveniadas no governo anterior e com previsão de recursos do Banco Mundial ou BNDES, como a ERS 404 (entre Sarandi e Ronda Alta), ERS 403 (Vale do Rio Pardo) e ERS 265 (São Lourenço do Sul) tiveram a garantia de início ou conclusão. “Mas temos recursos próprios com os quais estamos conseguindo fazer acessos asfálticos. Já fizemos 2 mil quilômetros até agora de estradas que eram de chão e fazem toda diferença para quem mora nestas localidades”, argumentou Sartori.

PPS serão prioridade

O governador José Ivo Sartori informou que no dia 15 de maio ocorrerá reunião no Palácio Piratini para assinatura dos primeiros contratos do atual governo. As medidas concretas da atual gestão que irão definir os rumos do estado nos próximos anos não foram antecipadas, mas, terão como prioridade as Parcerias Público Privadas (PPPs). “Estamos fortalecendo estas parcerias para auxiliar o estado a agir onde não temos recursos. Mas estamos nos preparando para ter o controle público sobre elas. Ao menos uma delas já entrará em vigor este ano”, adiantou.


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