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9 de abril de 2015
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20:33

“Zelotes e Swissleaks devem ser apurados com mesmo rigor da Lava Jato”

Por
Sul 21
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“Zelotes e Swissleaks devem ser apurados com mesmo rigor da Lava Jato”
“Zelotes e Swissleaks devem ser apurados com mesmo rigor da Lava Jato”

Da Redação 

O Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul utilizou tempo no espaço da Tribuna Popular da Assembleia Legislativa para defender isonomia nos tratamentos dados por veículos de comunicação aos diferentes casos de corrupção e irregularidades revelados no país. “Estamos vendo divulgações de determinados escândalos com espaços privilegiados e outros não. Vemos diversos colegas cobrando dos colegas do grupo RBS o mesmo tratamento na Operação Zelotes que deram à Operação Lava Jato”, ressaltou o presidente do Sindijors, Milton Simas.

Simas ressaltou que assim como a Operação Lava Jato já mostrou uma lista de nomes, também deve haver o interesse da imprensa na CPI do HSBC e da Operação Zelote. “Todos devem ter o mesmo espaço na cobertura da imprensa, os envolvidos o mesmos direito de defesa e a condenação de todos os corruptos”, defendeu.

O discurso ao Parlamento gaúcho reforçou a cobrança do Sindjors e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), juntamente com os sindicatos dos Jornalistas de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, às autoridades competentes para dar transparência e agilidade nas investigações da “Operação Zelotes”, que apura o envolvimento do Grupo RBS, entre outros, num possível esquema envolvendo débitos tributários, a partir de um suposto pagamento de propinas a integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), conforme revelou a Polícia Federal.

O presidente do Sindjors alertou sobre as investigações da Polícia Federal e da CPI no Senado no escândalo do HSBC (“SwissLeaks”), que aponta a existência de 8.667 nomes de brasileiros com contas na Suíça, muitas das quais não declaradas à Receita Federal. Entre os correntistas, constam proprietários e familiares dos grupos de comunicação Globo, Folha/UOL, Rede Bandeirantes, Gazeta Mercantil, Sistema Verdes Mares, Rede CBS de Rádios, Rádios Curitiba Ouro Verde FM, Grupo João Santos, Grupo Manchete, Rede Massa e Rede Transamérica, e outros.

No entanto, o presidente do Sindjors defendeu a preservação dos trabalhadores dos grandes grupos de comunicação apontados nas investigações, bem como os petroleiros da Petrobras. “Jornalistas acabam sendo pressionados e convivem com o questionamento ético se divulgam ou não determinado conteúdo. É preciso defender os trabalhadores destas empresas, os profissionais da comunicação, assim como os petroleiros no caso da Operação Lava Jato. Mas, no caso da Operação Zelotes, o caso vai muito além de uma provável sonegação de impostos. Jornalistas tem o compromisso com a verdade, com a ética e não podem aceitar ‘dar jeitinhos”, disse Simas.


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