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2 de setembro de 2011
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16:45

Sul21 recomenda, com veemência, não ficar em casa no fim de semana

Por
Sul 21
[email protected]

Milton Ribeiro

Os destaques desta semana são muitos. Para começar, haverá o sorteio de 5 exemplares do ensaio As Veias Abertas da América Latina, de Eduardo Galeano, na nova (e excelente)  tradução de Sergio Faraco para a L&PM. A promoção não é casual, pois amanhã o escritor Eduardo Galeano completará 71 anos e 2011 marca o 40º aniversário do livro. Dois exemplares serão sorteados para nossos seguidores no Facebook, dois para os do Twitter e um para nossos comentaristas. O exemplar de nossos comentaristas será sorteado entre todos os que comentarem até às 16 horas.

Se exagerarmos um pouco, podemos dizer que a Porto Alegre que aguarda o Porto Alegre Em Cena já está em plena primavera. O fim-de-semana marca o lançamento de dois excelentes filmes — Um Conto Chinês e Submarino — além de um notável número de espetáculos de música popular. Confira abaixo!

Cinema – Estreias

Um Conto Chinês (****)
(Un Cuento Chino), de Sebastián Borensztein, Argentina / Espanha, 2011, 93 minutos

Enorme sucesso de público e crítica na Argentina, Um Conto Chinês estreia em Porto Alegre neste sexta-feira. Bem, prezados leitores do Sul21, a notícia a seguir é verídica, apesar das risadas que normalmente a acompanham. “Uma vaca caiu do céu e afundou nosso barco”, explicou, anos atrás, um grupo de pescadores japoneses aos tripulantes de uma lancha patrulheira russa, ao serem resgatados. Na dúvida, foram presos. Tal notícia foi publicada pelo diário Komsomolskaja Pravda e pela televisão russa para gáudio, pasmo e ceticismo de milhares de leitores e espectadores. Depois, descobriu-se que o conto dos pobres náufragos japoneses era mesmo real… (Mais detalhes, por exemplo, aqui). Pois a vaca que caiu do céu é o ponto de partida para o excelente filme argentino Um Conto Chinês, estrelado pelo grande Ricardo Darin.

Buenos Aires. Roberto (Darín) é um sujeito mal humorado e cheio de manias, dono de uma pequena ferragem que administra sozinho. Suas horas vagas são passadas recluso em casa. Um dia, ele conhece o chinês Jun (Ignacio Huang), que acabara de ser assaltado e arremessado de um táxi. Roberto não entende chinês nem Jun sabe falar espanhol. Roberto fica entre a obrigação moral de ajudá-lo e a vontade de livrar-se do homem a fim de voltar a sua rotina. Eles acabam descobrindo que o verdadeiro motivo para terem se conhecido foi a vaca que caiu do céu. Com Ricardo Darin, Huang “Ignacio” Sheng Huang, Muriel Santa Ana, Javier Pinto e Julia Castelló Agulló.

No GNC Moinhos 2, às 14h, 16h, 18h, 20h e 22h.
No Unibanco Arteplex 6, às 14h, 16h, 18h, 20h e 22h.

Submarino (*****)
(Submarino), de Thomas Vinterberg, Dinamarca, 2010, 110 minutos

Estupendo filme dinamarquês de Thomas Vinterberg. Quando crianças, Nick e seu irmão cuidam do caçula enquanto a mãe está sempre bêbada. Quando o bebê morre, os irmãos se culpam pela tragédia e acabam separados. No funeral da mãe, os irmãos se reencontram. Nick esteve preso por roubo, bebe muito, vive num abrigo, mas tenta colocar sua vida em ordem. O irmão, que permanece sem nome, é viciado em heroína e pai solteiro de um garotinho. Diante de uma oportunidade e pensando em garantir financeiramente o futuro do filho, torna-se traficante de drogas. O acontecimento da infância marca a trajetória dos irmãos de forma incondicional. Thomas Vinterberg é o notável diretor dos extraordinários Festa de Família (Dogma #1) e Querida Wendy. Como dá para notar pela sinopse, não é um filme leve e este não é mesmo o estilo do diretor. Com Jakob Cedergren, Peter Plaugborg e Morten Rose.

No Instituto NT, às 17h e 20h40.

Cinema – Em cartaz

A Viagem de Lucia (***)
(La Llamada/Il Richiamo), de Stefano Pasetto, Argentina / Itália, 2010, 93 minutos.

Em A viagem de Lucia, Lea (Francesca Inaudi) é uma jovem trabalhadora de uma fábrica de alimentos que espera algo que a arranque de sua rotina. Já Lucia (Sandra Ceccarelli), de meia idade, trabalha como comissária de bordo enquanto tenta ter um filho, apesar da vida tensa que leva com o marido. O psiquiatra de Lucia pede a ela que aproveite melhor seus dias e a vida. Ela decide dar aulas de piano e então conhece Lea. Quando esta consegue um emprego na Patagônia e está prestes a deixar Buenos Aires, Lucia percebe que tem que se mover para sobreviver e não perder a pessoa que trouxe sua cores a sua vida. A Viagem de Lucia foi selecionado para as mostras oficiais dos festivais de Toronto, Londres e São Paulo. Com Francesca Inaudi, Sandra Ceccarelli, César Bordon, Arturo Goetz.

No Instituto NT, às 15h20 e 19h.

Melancolia (*****)
(Melancholia), de Lars von Trier, Dinamarca / França / Alemanha / Itália / Suécia, 2011, 137 minutos.

Esqueça as polêmicas que cercaram o cineasta no último Festival de Cannes, pois Melancolia é um imenso filme. Pontuado de cenas e imagens deslumbrantes, conta a história de duas irmãs que se afastaram. Elas são Justine (Kirsten Dunst) e Claire (Charlotte Gainsbourg). Dividido em duas partes, primeiramente a ação focaliza o casamento entre Justine e Michael (Alexander Skarsgård). A festa do casório não consegue aproximar as irmãs e é evidente que a noiva não está nada feliz. A segunda parte dedica-se mais a Claire, a irmã controladora de Justine, amedrontada a partir do anúncio da colisão da Terra com outro planeta (chamado Melancolia), enquanto Justine permanece conformada. No possível fim do mundo de von Trier não há explosões, heróis e muito menos a Bíblia. O acompanhamento íntimo e pessoal da aproximação da e de Melancolia é apaixonante. Com Kirsten Dunst, Charlotte Gainsbourg, Kiefer Sutherland, Charlotte Rampling, John Hurt e Alexander Skarsgård.


No Guion Center 3, às 19h.
Sala Paulo Amorim, às 14h40, 19h10.

A Missão do Gerente de Recursos Humanos (***)
(The Human Resources Manager), de Eran Rikilis, França / Alemanha / Israel, 2010, 103 minutos.

O gerente de RH da maior padaria de Israel está em apuros. Ele se separou da mulher, quase não vê a filha e odeia seu trabalho. Mas, como se não bastasse, uma de suas funcionárias morre em um atentado terrorista e ele é acusado de comportar-se de forma desumana e insensível. O filho da funcionária é um jornalista que está determinado a arruinar a reputação do gerente. Em resposta, ele embarca em uma missão desde Jerusalém até a Romênia, num estranho comboio que o levará até o vilarejo da mulher morta, onde encontrará seu filho. Baseado no romance de Abraham B. Jehoshua, participou da Seleção Oficial do Festival de Toronto e foi premiado no Israeli Academy Awards 2010 (melhor filme e melhor direção) e no Festival de Locarno (prêmio do público). Com Mark Ivanir, Reymond Amsalem, Gila Almagor e Noah Silver.

No Guion Center 3, às 15h.

Diário de uma busca (*****)
de Flávia Castro, Brasil / França, 2011, 105 minutos.


Diário de uma busca é um estupendo e multipremiado documentário. Celso Afonso Gay de Castro morreu em 1984, aos 41 anos, em Porto Alegre. Exilado pela ditadura militar brasileira, percorreu Argentina, Venezuela, Chile e França em sua fuga, sempre carregando consigo a família. Sua morte ocorreu em circunstâncias nunca esclarecidas. Foi encontrado morto no interior de um apartamento de um ex-oficial nazista, onde entrara à força. Mesmo já dentro do período de anistia política, o laudo concluiu que Celso teria se suicidado a fim de não ser preso pela polícia, que estaria chegando ao local. Mas legistas acham a hipótese altamente improvável. O filme, dirigido pela filha de Celso, Flávia, é uma história privada e pública — privada na busca da identidade e pública de reconstrução de uma época e de uma memória dilacerada pela violência. Nele, a filha do guerrilheiro colhe imagens e depoimentos da mãe, de policiais, de companheiros de luta de Celso e de seus colegas jornalistas. Não poupa ninguém, nem o retratado, que acabou desiludido com a política, envolvido em problemas com o álcool e as drogas.

No Unibanco Arteplex 8, às 19h40.

Lola (****)
(Lola), de Brillante Mendoza, Filipinas / França, 2009

O elogiado filipino Brillante Mendoza, apesar de desconhecido das grandes plateias, já ganhou até mostra exclusiva no Brasil. Por este Lola, o diretor ganhou o prêmio de melhor diretor do Festival de Cannes de 2009. Mantendo um olhar naturalista sobre seu país, Lola narra a vida de duas idosas que tomam a frente do sustento financeiro de suas respectivas famílias, servindo também como uma espécie de reseva moral delas. Lolas é como são chamadas as vovós nas Filipinas. Ambas lidam com as consequências de um crime. Enquanto uma lola acende uma vela em memória do neto, vítima de latrocínio, a outra busca a libertação de seu neto, suspeito de ter cometido o crime. Na cidade de Manila, suja e chuvosa, a burocracia e os assaltos dificultam as missões das lolas. A sequência final, com as duas matriarcas cara a cara, é comovente. A fotografia e o áudio são fundamentais neste filme em que a chuva está tão presente quanto os diálogos. Com Anita Linda e Rustica Carpio. 110 minutos.

No Instituto NT, às 11h20.

A Árvore da Vida (***)
(The Tree of Life), de Terrence Malick, EUA, 2011. 138 minutos.


Em rumorosa discussão interna, rebaixamos a cotação deste filme de Malick. A Árvore da Vida, vencedor da Palma de Ouro em Cannes em 2011, é o novo filme do genial ermitão perfecccionista Terrence Malick. Autor de apenas cinco notáveis filmes nos últimos 40 anos e dono de um estilo de filmar que privilegia a plasticidade, ele retorna não apenas com as imagens espetaculares de sempre — este filme deve ser visto em sala de cinema — mas com uma história que expõe inquietações existenciais. A Árvore da Vida acompanha o crescimento do filho mais velho de uma família americana, desde a infância até à desilusão da vida adulta, tendo por base a relação complicada com o pai autoritário (Brad Pitt). Jack, vivido por Sean Penn na vida adulta, vê-se como uma alma perdida no mundo moderno, procurando respostas para a origem e sentido da vida, enquanto questiona a existência da fé. A narrativa apoia-se no tanto no plano humano, como no do reencontro e do cosmológico. Com um tripé desses, torna-se um filme difícil de ser explicado numa sinopse… Com Brad Pitt, Sean Penn e Jessica Chastain.

No Cinemark BarraShopping 7, às 21h10 e 0h20.
No Guion Center 1, às 14h30, 17h e 19h30.
No Unibanco Arteplex 3, às 13h30 e 18h40.

Gainsbourg — O Homem que Amava as Mulheres (***)
(Gainsbourg, vie héroïque), de Joann Sfar, França, 2010


A música popular francesa é dose, mas o que interessa aqui é que este é um belo filme que retrata a vida de Serge Gainsbourg (1928-1991) desde a infância durante a ocupação nazista até a consagração como cantor. Sendo muito mais uma fábula do que uma cinebiografia, o filme — cujo título brasileiro devemos ignorar — traz, de quebra, todas as notáveis, esplêndidas e imbatíveis conquistas amorosas do músico narigudo, baixinho, feio e fascinante: apenas mulheres como Brigitte Bardot e Jane Birkin, mãe, aliás, da atriz Charlotte Gainsbourg. O diretor Joann Sfar fez o longa baseado numa história em quadrinhos de sua autoria. O delírio visual e a pouca fidelidade aos fatos não fazem jus à complexidade humana de Gainsbourg, um compositor, cantor, produtor e arranjador mas também um tremendo polemista, criador de confusões e, principamente,… de casos amorosos. Sfar dribla a responsabilidade de retratar a bissexualidade assumida do fascinante Gainsbourg e toca apenas de leve na questão das drogas, mas mesmo assim o resultado final está muito acima da média. Com Eric Elmosnino, Lucy Gordon, Laetitia Casta, Doug Jones, Sara Forestier, Anna Mouglalis, Yolande Moreau e Claude Chabrol.

Na Sala Eduardo Hirtz, às 16h50.

Meia-Noite em Paris (***)
(Midnight in Paris), de Woody Allen, EUA / Espanha, 2011

Meia-Noite em Paris foi ovacionado em Cannes. O filme, visto com grande curiosidade por ter em seu elenco a atual primeira-dama da França, a ex-modelo Carla Bruni, é uma homenagem a Paris que tocou os franceses do festival. A qualidade da luz da cidade, que já recebera referências elogiosas de Allen em filmes anteriores, como Todos dizem eu te amo, volta a ser tema de entrevistas do diretor. No filme, Owen Wilson interpreta Gil, roteirista de Hollywood que passa férias em Paris com a família da noiva, Inez (Rachel McAdams). Gil ama a cidade. É lá que ele se reconecta com a “grande arte” os “grandes temas”, longe dos enlatados americanos. Seu maior sonho seria o de viver nos anos 1920, quando F. Scott Fiztgerald, Ernest Hemingway e Pablo Picasso circulavam pelos cafés da cidade. Certa noite, Gil misteriosamente realiza esse sonho. E mais não devemos contar. Um Allen médio, mas muito charmoso e simpático. Com Owen Wilson, Rachel McAdams, Kurt Fuller, Mimi Kennedy. Duração: 100 minutos.

No GNC Moinhos 3, às 21h30.
Na Sala Eduardo Hirtz, às 15h e 19h.

O Homem ao Lado (****)
(El Hombre de al Lado), de Mariano Cohn e Gastón Duprat, Argentina, 2009


Leonardo (Rafael Spreguelburd) é um designer industrial que vive com a esposa Anne, a filha Lola e a empregada Elba. Eles moram na única casa feita na América pelo famoso arquiteto Le Corbusier, localizada na cidade de La Plata. Eles levam uma vida chique e tranquila até o início das obras em uma casa contígua, onde um vizinho com alma de vileiro (Daniel Aráoz) resolveu fazer ilegalmente uma janela a poucos metros e bem na frente de outra, da casa-obra de arte do designer. O filme é delicioso, barato e de grande roteiro, com notável atuação de Daniel Aráoz. Com Rafael Spreguelburd, Daniel Aráoz, Ruben Guzman, Eugenia Alonso. Duração: 110 minutos.

No Instituto NT, às 13h20.

Cópia Fiel (*****)
(Copie Conforme), de Abbas Kiarostami, Itália/França/Irã, 2010


Há quatro possibilidades de interpretação para o título deste excelente filme realizado pelo iraniano Abbas Kiarostami na Itália. Em italiano Copie significa Cópia, mas Coppie é Casal, enquanto Conforme pode ser Fiel ou Conformado. Pelo título começa o brilhante quebra-cabeça do filme. Durante uma visita à Toscana com a finalidade de lançar seu novo livro sobre história da arte e a importância das cópias nas artes plásticas, o ensaísta inglês James (William Shimmel) é acompanhado por Elle (Juliette Binoche), uma franco-italiana proprietária de galeria de arte, durante um passeio que tem a duração de uma tarde. Logo iniciam uma discussão — entre o irônico e o azedo — sobre os conceitos do livro. Tudo começa a mudar depois de antológica cena com a dona de um café. Ela, cheia de experiência, admira e elogia a dupla com alguma sabedoria de vida. Então, os dois passam a se comportar como um experiente, velho e cansado casal, transformação que já vinha ocorrendo discretamente. Aquilo que vimos antes era uma cópia? Ou aqui a temos? E o que tem isto a ver com o filtro interior através do qual analisamos um quadro? E a má relação entre Elle e seu filho não é outra cópia fiel desta que nos é apresentada? Quantas cópias, quantas vezes repetimos padrões de relacionamento? Com Juliette Binoche, William Shimell, Jean-Claude Carrière e Agathe Nathanson. Duração: 106 minutos.

Na Sala Norberto Lubisco, às 17h.

Exposições

Eny Schuch, Vide
no Museu do Trabalho, Andradas, 230
até dia 23 de outubro, de terça à sábado, das 13h30 às 18h30, e nos domingos e feriados, das 14h às 18h30

Eny Shuch, artista visual e professora do Instituto de Artes da UFRGS, apresenta no Museu do Trabalho (Andradas, 230) a exposição Vide, em que parte da natureza para propor interações entre o observador e sua obra. Essa é composta em sua maioria de vídeos, apesar da artista ter iniciado seu percurso como escultora, tendo explorado diferentes materiais, como papier maché e resina. No entanto, essa origem matérica pode ainda ser vista na sala menor desta exposição, em que Eny mostra uma série de pequenos objetos que contrapõe (no seu exterior e interior) o papier mâché misturado ao gesso, e o vídeo. Esses objetos caracterizam-se por incitar um voyeurismo, propondo uma íntima relação com o espectador. Já na sala maior, diferentes projeções de vídeo são sobrepostas, criando-se uma colagem que ocupa todas as paredes, o que gera uma sensação de imersão no observador. As imagens capturadas encerram, em sua maioria, fenômenos naturais, como o movimento das águas,ventanias e o nascer ou pôr do sol. (Carolina Marostica)

Stockinger: Os Diversos Tempos da Forma
no MARGS, Praça da Alfândega, s/nº

Na mostra Stockinger: Os Diversos Tempos da Forma, o MARGS reúne todas as obras do escultor presentes em seu acervo, incluindo também trabalhos em xilogravura. A exposição é um panorama da obra de Xico Stockinger, trazendo obras significativas de sua trajetória, como seus conhecidos guerreiros e os mais recentes homens-gabiru, mas também abrangendo facetas menos conhecidas do artista, como bustos convencionais do início de sua carreira e peças em mármore e basalto que integram sua fase abstrata. A mostra faz parte das comemorações dos 57 anos do MARGS, instituição que o artista dirigiu duas vezes, e do cinquentenário do Atelier Livre, do qual Stockinger foi o primeiro diretor. É mais uma iniciativa da nova gestão de dar visibilidade ao acervo do museu e uma oportunidade imperdível de se conhecer a obra do artista em suas diversas vertentes. A visitação ocorre até dia 9 de outubro, de terças a domingos, das 10h às 19h. (Carolina Marostica)

Pedro Weingärtner – Desenhos
No Espaço das Artes da UFCSPA (Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre),
R. Sarmento Leite, 245, Prédio 1, térreo.

A maior parte da produção gráfica de Pedro Weingärtner não foi feita com o objetivo de ser exposta; sua principal característica é a de serem desenhos feitos como estudos de formação, para aprimoramento da técnica, para registros ou como projetos. Considerando a temporária ausência de um levantamento exaustivo de sua obra pictórica, torna-se difícil saber, com exatidão, as intenções e objetivos dos desenhos de Weingärtner: alguns são indiscutivelmente desenhos de formação, tais como as academias, os desenhos anatômicos ou os retratos. Sobre a maior parte somente podemos tecer suposições: se são simples registros, projetos para pinturas ou exercícios de observação. Eles se dividem em “Desenhos de Figuras”, “Desenhos de Moldagens”, “Osteologia”, “Miologia e Fisiologia das Paixões” e “Desenhos de Modelo Vivo ou Academias”. (Paulo Gomes)

A linha incontornável: desenhos de Iberê Camargo
no 4º andar Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique, 2000),
de terças a domingos das 12h às 19h e nas quintas das 12h às 21h.
Entrada franca. Até 30 de outubro.

Está em cartaz na Fundação Iberê Camargo a exposição A linha incontornável: desenhos de Iberê Camargo. Com curadoria do jornalista e crítico de arte Eduardo Veras, trata-se da sexta exposição de acervo que a fundação apresenta, reunindo 110 obras que percorrem mais de meio século da produção do artista. Dentre essas, 99 são desenhos, mas há também pinturas, cadernos e uma gravura. A opção por focar nos desenhos do artista veio da constatação do curador de que o Iberê desenhista era pouco conhecido, recebendo pouca atenção em pesquisas recentes dedicadas à sua obra. Analisando mais de três mil desenhos do artista, Eduardo Veras encontrou ali um “Iberê em convulsão, intenso, apaixonado, como aquele que nos acostumamos a admirar na pintura”. (Carolina Marostica)

Música erudita

OSPA – 18° Concerto Oficial
Terça-feira (06/08), às 20h30
Auditório Dante Barone (Assembléia Legislativa), Praça Marechal Deodoro, 101, Porto Alegre

A violinista Anna Matz

Programa:

Johannes Brahms – Abertura Trágica – Op. 81
Johannes Brahms – Concerto para Violino e Orquestra
Johannes Brahms – Sinfonia No. 3 – Fa maior

Solista: Anna Matz – violino
Regente: Nicolás Pasquet

Ingressos: R$20 (público em geral), R$10 (estudantes e maiores de 60 anos).

A OSPA retorna aos bons programas na próxima terça-feira. Dedicado inteiramente a Brahms, o programa aquece a plateia com a Abertura Trágica para depois chegar ao esplêndido Concerto para Violino e Orquestra. No campo do concerto, esta foi a primeira obra da maturidade do compositor. É de difícil execução e grande expressividade. À época da composição da 3ª Sinfonia, Brahms já era internacionalmente reconhecido como um dos maiores compositores da sua época. Hans Richter, o primeiro regente da Sinfonia, a denominou a “Eroica de Brahms”, fazendo uma referência à Terceira de Beethoven. A afirmativa não é nada exata e Richter devia estar comparando as sinfonias em qualidade. A obra, autoral e enigmática, tem um primeiro movimento esmagador, dois movimentos lentos e um finale estranho, muito bonito. Vale a pena.

Música popular

Fim de semana com muitas (e ótimas) atrações musicais em Porto Alegre.
Por Marcelo Delacroix.

Arthur de Faria + Vanessa Longoni + Omar Giammarco
Teatro de Arena

Arthur de Faria volta ao Teatro de Arena apresentando seus dois shows diferentes: no sábado, às 21 horas, o show Enfim Solo, recebendo dois convidados — a cantora Vanessa Longoni e o músico argentino Omar Giammarco — ; no domingo, às 20, Arthur de Faria & Seu Conjunto apresentam o álbum recém lançado Música Pra Ouvir Sentado.

R$ 20,00, informações no 51 3226-0242.

EXPRESSO 25 à La Carte
Sexta feira, às 21 horas, no Centro Cultural 25 de Julho (Germano Petersen Jr, 250, Porto Alegre)

O grupo vocal EXPRESSO 25 segue em cartaz com o show “à La Carte”, em que o publico escolhe no “cardápio” as
músicas que quer ouvir, dentre o vasto repertório do grupo, que tem a direção, regência e arranjos do maestro Pablo
Trindade. Ingressos antecipados a 20 reais. Na hora, R$ 25. Informações: 3028-4621.

A TRINCA, no Ecarta Musical – Fundação Ecarta (Av. João Pessoa, 943, Porto Alegre), no sábado, às 18 horas

Trio de música instrumental reunindo os excelentes músicos Angelo Primon (violões e violas), Matheus Kleber
(acordeom) e Marcelo Corsetti (guitarra e efeitos). Entrada Franca. Informações: 4009-2970.

Orquestra da Ulbra com Mônica Tomasi e Felipe Catto

No domingo, às 19h, a Orquestra de Câmara da Ulbra, sob a regência do maestro Tiago Flores, recebe como convidados os cantores compositores Mônica Tomasi e Filipe Catto. Mônica tem uma carreira consolidada, com vários discos
gravados, trilhas e prêmios. Filipe Catto surgiu como revelação, e logo se mudou para São Paulo, onde segue
surpreendendo. Na Leopoldina Juvenil (51 3477-9266). Ah, levar 1 kg de alimento não perecível.

Paulinho Supekóvia

De sexta a domingo tem show de lançamento do primeiro disco do guitarrista Paulinho Supekóvia no Teatro de
Câmara Túlio Piva. Supekóvia foi integrante do lendário grupo instrumental Cheiro de Vida e acompanha Nei Lisboa
há muitos anos. O trabalho instrumental segue paralelo, num mix de rock experimental, jazz, surf music, funk e
ritmos gaúchos. Com ele estão Luiz Mauro Filho (teclado), Edu Saffi (baixo), Luke Faro (bateria) e Giovani Berti
(percussão). Sexta e sábado às 21 horas, domingo às 20, ingressos 15 reais e 25 reais (com o disco). Informações 3289-8093.

Teatro

Farsa da Boa Preguiça
Theatro São Pedro, Praça Mal. Deodoro, 1 – Centro
Sexta (02) e sábado, às 21h, e domingo, às 18h

A comédia musical Farsa da Boa Preguiça, de Ariano Suassuna, conta em rimas a história de Joaquim Simão, um poeta de cordel e violeiro “preguiçoso”, e de sua mulher Nevinha, esposa dedicada que começa a ser tentada pelo diabo para trair o marido com Aderaldo Catacão, um próspero dono de terras que resolve fazer um pacto com o demônio para conquistá-la. Em meio à discussões sobre o que é o ócio, a arte e o sustento, uma celebração da arte popular. Direção de João das Neves, um dos fundadores do “Grupo Opinião”. Com Guilherme Piva, Bianca Byington, Daniela Fontan e Ernani Moraes.


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