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18 de março de 2016
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22:24

Esplanada dos Ministérios reúne manifestantes em ato nesta sexta-feira

Por
Sul 21
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Ato na Esplanada dos Ministérios | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Ato na Esplanada dos Ministérios | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Marcelo Brandão

Da Agência Brasil

Manifestantes em defesa da democracia e contra o processo de impeachment que está sendo apreciado pelo Congresso Nacional se reuniram na tarde desta sexta-feira (18) no Museu da República, no início da Esplanada dos Ministérios. O ato é organizado pela Frente Brasil Popular, e os manifestantes levam cartazes com frases de apoio à Dilma e ao ex-presidente – e agora ministro da Casa Civil – Luiz Inácio Lula da Silva e contra o golpe.

A estimativa da Polícia Militar, às 17h15, era 500 pessoas. Às 17h50, no entanto, um grande grupo de militantes ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra chegou ao museu.

Rodrigo Rodrigues, secretário-geral da Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT-DF) defende um trabalho mais abrangente do Congresso e que as discussões sobre o impeachment fiquem em segundo plano. “Esse é um ato em defesa da democracia, contra o golpismo e o fascismo que está explodindo no país. Estamos defendendo a mudança de discurso no Congresso, que pare de discutir só o golpe e que encaminhe avanços nos direitos da classe trabalhadora”, disse.

Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O servidor público Pedro Rodrigues, 50, acha que Lula está sofrendo uma injustiça. “O que me trouxe aqui foi ver a injustiça que está sendo feita com o companheiro Lula. Não estão dando direito de defesa para ele”.

O ato de hoje ocorre após a nomeação de Lula à Casa Civil, o que gerou uma onda de protestos por todo o país. No mesmo dia, o juiz Federal Sérgio Moro divulgou uma série de conversas telefônicas, grampeadas pela Polícia Federal, que revelam conversas de Lula com a presidenta, ministros e correligionários.

Os episódios, no entanto, não diminuíram a fé dos manifestantes pró-governo em Lula. Pedro de Alcântara, servidor público, 69, disse que veio para a rua defender a democracia e questiona a integridade política da oposição no Congresso. “Acho que temos que defender a democracia e contra o impeachment, que não vai resolver. Quem está errado tem que pagar, mas do lado de lá, sabemos o que eles fazem”, disse.

Para Alcântara, se houver provas de que Lula cometeu algum crime, que a justiça seja feita. “Sobre o Lula eu tenho dúvidas [se ele é culpado de algum crime], se ele tiver culpa, que se apure, que venha à tona”.

A organização da manifestação ainda não definiu se haverá caminhada. Essa decisão deverá ser tomada a qualquer momento.


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