A União Nacional dos Estudantes (UNE) quer propor uma reflexão crítica sobre as penas de alguns réus da Ação Penal 470, o chamado “mensalão”. Na avaliação do presidente da UNE, Daniel Iliescu, há contradições no que foi aplicado pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Como exemplo, ele aponta a punição de cinco anos em regime semi-aberto imputada ao contraventor Carlos Cachoeira e os altos números aos réus da Ação Penal 470.
Nesta sexta-feira (23), um encontro organizado pelo deputado João Paulo Cunha (PT), também condenado pelo STF, terá as presenças do ex-ministro José Dirceu – condenado a 10 anos e 10 meses – e do ex-presidente do PT, José Genoíno – condenado a seis anos e 11 meses. Segundo Iliescu, “é evidente que, politicamente, os atos vão ganhar uma conotação de apoio e solidariedade”. Para ele, o julgamento foi “negligente” em relação aos “princípios democráticos”.
Iliescu diz que, no encontro, não haverá um questionamento da ação dos ministros. No evento que acontecerá em Osasco, João Paulo Cunha deve mais expor sua versão sobre os fatos, afirma o presidente da UNE, “do que questionar o papel de setores da mídia e dos ministros”. O líder estudantil acredita no discurso de que houve uma “politização do julgamento”.
Com informações do Brasil 247
